Alexander Dvornikov, o general que esteve na Síria

O Kremlin decidiu mudar o responsável pela cadeia de comando na guerra contra a Ucrânia. A ideia, ao que noticiou a BBC, será melhorar a coordenação entre as várias unidades militares que se encontram no país.

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O Kremlin decidiu mudar o responsável pela cadeia de comando na guerra contra a Ucrânia, noticia a BBC. Pôs à frente o general Alexander Dvornikov, um militar com experiência de combate na Síria.

A imprensa internacional cita a notícia da BBC destacando que o general liderou as Forças Armadas russas na intervenção protagonizada por Moscovo na Síria, que em 2015 socorreram Bashar al-Assad dos movimentos opositores herdeiros da insurreição de 2011 e do autodenominado Estado Islâmico.

A Síria terá servido de laboratório à Federação Russa. No ano passado, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse numa entrevista que o país tinha aproveitado para fazer ajustes nas suas novas armas.

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O general, de 60 anos, leva essa experiência para a guerra na Ucrânia. A ideia, ao que noticiou a BBC, será melhorar a coordenação entre as várias unidades militares que se encontram na Ucrânia.

A intervenção militar na Síria valeu a Alexander Dvornikov o título de Herói da Federação Russa. Não faltam, todavia, opositores de Bashar al-Assad e membros de organizações não-governamentais a acusar Dvornikov de cometer “crimes de guerra”.

Diz a BBC que o general está à frente do Distrito Militar do Sul há seis anos. E que Vladimir Putin queria recompensá-lo pela sua carreira, atribuindo-lhe a tarefa de liderar a ofensiva militar russa na Ucrânia.

Dvornikov ingressou no Exército em 1978. Treinado na Escola Militar de Suvorov e na Academia Militar de Frunze, foi subindo na hierarquia militar. Foi comandante de batalhão da 6.ª Brigada de Fuzileiros Motorizados. Também esteve à frente da 10.ª Divisão de Tanques de Guardas e da 2.ª Divisão de Fuzileiros Motorizados de Guardas. Tornou-se vice-comandante e chefe de gabinete do 36.º Exército.

Progressivamente foi assumindo cargos ainda mais importantes. Em 2008, assumiu o comando do 5.º Exército da Bandeira Vermelha. Também foi vice-comandante do Distrito Militar Oriental e chefe de gabinete do Distrito Militar Central. Mas o que terá sido fundamental na escolha agora anunciada terá sido a sua prestação na Síria.

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