PS mantém Edite Estrela como “vice” da AR e põe filho de Carlos César na direcção da bancada

O grupo parlamentar do PS esteve reunido esta manhã e voltou a escolher Edite Estrela para a vice-presidência da Assembleia da República (AR). A votação acontece numa nova reunião, que decorrerá esta tarde, entre as 15h e as 18h.

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Edite Estrela deverá manter o cargo de vice-presidente da Assembleia da República RG RUI GAUDENCIO

Esta quinta-feira, o PS elegeu a sua nova direcção da sua bancada parlamentar, com a votação da única lista de candidatos apresentados esta manhã. Entre os nomes sugeridos pelo candidato único à liderança da bancada do PS, Eurico Brilhante Dias, estão dois ex-secretários de Estado: Berta Nunes e João Torres, que é também o único candidato ao lugar de secretário-geral adjunto do PS. Votaram 118 deputados socialistas. Eurico Brilhante Dias teve 110 votos a favor, quatro brancos e quatro nulos.

Na lista consta ainda o deputado socialista Francisco César, filho do presidente do PS e membro do Conselho de Estado, Carlos César, lê-se na nota divulgada pelo grupo parlamentar socialista. O grupo parlamentar decidiu ainda reconduzir Edite Estrela para a vice-presidência da Assembleia da República, cargo que ocupou na anterior legislatura e que desta vez irá desempenhar ao lado de Augusto Santos Silva, o novo presidente da Assembleia da República.

Quem está na lista da direcção

No grupo de 12 vice-presidentes propostos por Eurico Brilhante Dias há repetições. É o caso dos deputados Hugo Pires (eleito por Braga), Pedro Delgado Alves (eleito por Lisboa), Porfírio Silva (eleito por Aveiro), Susana Amador (Lisboa) e Carlos Pereira (Madeira). Também o secretário-geral da JS, Miguel Costa Matos, que tem por inerência lugar na direcção da bancada socialista, permanecerá na direcção do grupo parlamentar.

Do lado das estreias estão, além de Francisco César, os deputados Francisco Rocha (eleito por Vila Real), Jamila Madeira (eleita por Faro), Maria Antónia Almeida Santos (eleita por Setúbal) e Rosário Gamboa (eleita pelo Porto).

Francisco César, economista, foi cabeça de lista pelos Açores e estreia-se no Parlamento nesta XV legislatura. Quando anunciou a sua candidatura à Assembleia da República, o ex-líder da bancada socialista nos Açores recusou ter sido favorecido por ser filho de Carlos César.

“Não quero que me julguem pelo parentesco”, escreveu na sua página de Facebook. “Conheço, para o bem e para o mal, o julgamento ‘familiar’ a que estou sujeito”, lê-se na publicação, feita a 5 de Dezembro de 2021. “Tenho muita honra em ser filho de quem sou e do que o meu pai fez pelos Açores. Espero ter aprendido com ele muita coisa. Ele fez o seu percurso e eu estou a fazer o meu”, continuou. “Quero, por isso, que as pessoas me julguem pelo meu trabalho e não pelo meu parentesco. Aliás, todos os cargos, que na política, ou na minha vida cívica já desempenhei foram por eleição e não por nomeação”, ressalvou o agora parlamentar socialista.

Notícia actualizada a 10 de Abril: Acrescenta a informação do resultado das votações.

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