Supremo Tribunal das Honduras autoriza extradição do ex-Presidente Hernández para os EUA

Chefe de Estado hondurenho está indiciado por um tribunal de Nova Iorque por narcotráfico e tráfico de armas.

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Juan Orlando Hernández numa acção de campanha em 2019, quando ainda era Presidente das Honduras JORGE CABRERA/Reuters

O colégio de juízes da Corte Suprema de Justiça das Honduras aprovou na segunda-feira a decisão do juíz Edwin Ortez, que no passado dia 16 de Março tinha dado luz verde à extradição de Juan Orlando Hernández, Presidente das Honduras entre 2014 e 2022, para os Estados Unidos.

O recurso apresentado por Hernández foi rejeitado pelos 15 membros do tribunal.

O ex-Presidente conservador, de 53 anos, está indiciado por um tribunal do Distrito Sul de Nova Iorque por três crimes de narcotráfico e de tráfico de armas e, caso seja condenado, poderá passar o resto da sua vida na prisão.

Depois de analisar o caso, o Supremo “decidiu que não há lugar para o recurso apresentado” pela defesa do antigo Presidente, o que significa “que se confirma a decisão do juiz de primeira instância, de conceder a extradição do cidadão Juan Orlando Hernández”, informou o porta-voz judicial Melvin Duarte, citado pelo jornal hondurenho El Heraldo.

A defesa de Hernández tinha centrado as suas esperanças e fundamentado o recurso em dois pontos: o primeiro, o tratado de 1909 entre as Honduras e os EUA, que “não permite a extradição de cidadãos nacionais, pelo que não se cumpre o requisito do artigo 102.º da Constituição”; o segundo, a rejeição, pelos EUA, de pedidos de extradição de cidadãos norte-americanos feitos por outros países.
Ambos os argumentos foram rejeitados pela Corte Suprema de Justiça.

Juan Orlando Hernández foi substituído na presidência do país da América Central por Xiomara Castro, candidata de esquerda que venceu as eleições de Novembro.

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