Agente Fábio Guerra trasladado para Covilhã pela PSP com percurso de homenagem

O corpo de Fábio Guerra será trasladado pelas 14h, hora a que sai do Instituto de Medicina Legal em direcção ao Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, em Moscavide, e daí para a Covilhã. A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira, por unanimidade, votos de pesar pela morte do agente.

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Homenagem ao agente da PSP LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O corpo do agente Fábio Guerra, que morreu na sequência de agressões à porta de uma discoteca de Lisboa, será na quarta-feira trasladado para a Covilhã, de onde é originário, num percurso que a PSP quer que seja uma homenagem.

De acordo com um comunicado da Polícia de Segurança Pública (PSP), o corpo do agente será trasladado pelas 14h, hora a que sai do Instituto de Medicina Legal em direcção ao Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, em Moscavide, e daí para a Covilhã.

“A PSP convida toda a família policial e todos os nossos concidadãos a homenagear o nosso camarada falecido, marcando presença ao longo do percurso indicado ou junto à sede do Comando Metropolitano de Lisboa”, na Avenida de Moscavide, nº. 88, onde a escolta fará uma breve paragem, lê-se no comunicado da PSP.

Esta força policial adianta ainda que o velório na Covilhã será reservado aos familiares do agente, havendo uma missa agendada para quinta-feira, na Igreja de são José, na Rua dos Penedos Altos, Covilhã. O corpo será depois escoltado pelo Comando Metropolitano de Lisboa da PSP para o Cemitério da Covilhã.

A PSP reitera “o seu profundo pesar, solidariedade e dor aos familiares e amigos do Polícia Fábio Guerra e aos demais polícias e pessoal sem funções policiais que com ele tiveram o privilégio de directamente trabalhar”.

Entretanto, três homens, com 24, 22 e 21 anos, foram detidos na segunda-feira pela PJ sob suspeita de envolvimento nas agressões, tendo um deles, civil, sido esta terça-feira libertado após ser interrogado pelo Ministério Público, devendo os restantes dois detidos, fuzileiros da Armada, serem interrogados na quarta-feira por um juiz de instrução criminal.

Os dois fuzileiros são suspeitos do homicídio do agente e de agressões a outros quatro polícias, na madrugada de sábado, encontrando-se detidos na prisão militar de Tomar. A investigação ao que causou a morte ao agente da PSP Fábio Guerra prossegue, mas, até ao momento, não são conhecidas mais detenções.

O agente Fábio Guerra, de 27 anos, morreu na segunda-feira, no Hospital de São José, em Lisboa, devido às “graves lesões cerebrais” sofridas na sequência das agressões de que foi alvo.

Assembleia Municipal de Lisboa aprova votos de pesar

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira, por unanimidade, votos de pesar pela morte do agente.

Os votos de “profundo pesar” pela morte de Fábio Guerra foram apresentados pelos grupos municipais do PSD, CDS-PP, MPT, PAN e Aliança. Depois de aprovados os votos, que serão enviados à família, à direcção nacional da PSP e à esquadra de Alfragide, onde o polícia desempenhava funções, a Assembleia Municipal prestou um minuto de silêncio em memória do agente da PSP.

No voto conjunto de PSD e CDS-PP é recordado que a agressão de que foi vítima Fábio Guerra e outros três polícias ocorreu quando os agentes tentaram por termo a uma luta entre vários cidadãos, “apesar de estarem fora do horário de serviço”, referindo-se que “a noite lisboeta não pode ser um palco de violência gratuita, nem os agentes da autoridade podem, constantemente, ser alvo de agressões”.

“Associamo-nos à dor da família, amigos e PSP pela morte do agente Fábio Guerra, deixando uma nota de revolta pelo que aconteceu, e de esperança de que os culpados por este crime sejam severamente punidos sem qualquer tipo de contemplação. As forças armadas portuguesas pautam-se por valores que têm de ser honrados por todos os que vestem a sua farda, e o agente Fábio Guerra fez cumprir esses mesmos valores e será um exemplo para todos nós”, lê-se no voto de pesar de PSD e CDS-PP.

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