Uma visão do conflito (identitário), segundo Sergei Loznitsa

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Entre finais de 2013 e inícios de 2014, a praça principal de Kiev foi o centro de uma revolta contra o então presidente ucraniano Viktor Yanukovych, mostrando as contradições de uma sociedade no espaço liminal entre o novo imperialismo russo e a construção de uma identidade nacional: A Praça (2014)

O mundo surpreendeu-se com a rapidez e a força com que as forças russas iniciaram uma invasão e consequente guerra na Ucrânia, a 24 de Fevereiro de 2022. Um conflito escalado nos últimos meses e cuja origem advém de diversos contextos contraditórios. No fundo, a Europa do século XXI volta a viver uma guerra de identidades, em que os poderes de Estado regressam a vocações imperialistas e nacionalistas. O desmembramento da União Soviética, desde os anos 1980, proporciona alguma luz sobre os acontecimentos, cuja dissecação tem sido feita, com uma intensidade notável, pelo ucraniano Sergei Loznitsa. Desde o final dos anos 1990, o cineasta tem um programa sustentado — entre o documentário, a ficção e o filme de apropriação —, estabelecendo um imaginário complexo das histórias desta geografia política.

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