FC Porto despede-se da Europa com empate em Lyon

Entrada em falso expôs portistas a um jogo em que Sérgio Conceição deveria e poderia arriscar mais cedo, o que acabou por favorecer a estratégia e ambição dos franceses.

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Reuters/SARAH MEYSSONNIER
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EPA/Guillaume Horcajuelo

O FC Porto empatou (1-1) esta quinta-feira com o Lyon, em jogo da segunda mão dos oitavos-de-final que ditou a eliminação dos portistas da Liga Europa, num duelo controlado pelos franceses, que marcaram primeiro e não se deixaram abater pelo golo de Pepê.

A precisar de anular a desvantagem de um golo trazida do jogo do Dragão, Sérgio Conceição não teve grandes dúvidas na hora de colocar no prato mais importante da balança quase todo o peso no campeonato. O FC Porto surgiu em Lyon com seis alterações relativamente ao jogo da primeira mão e com oito face ao “onze” apresentado ante o Tondela.

Galeno aproveitava o embalo da última exibição para reclamar a titularidade, mas numa equipa em que mais de um terço dos jogadores corria o risco de perder o jogo seguinte na Europa, faltou capacidade de choque para travar a primeira vaga francesa.

O Lyon entrou a pressionar alto, na expectativa de recuperar uma bola que lhe rendesse o golo que poderia deixar a fasquia dos quartos-de-final ainda mais alta para os “dragões”.

Os primeiros dez minutos testaram a capacidade portista para gerir o ritmo e guardar a bola, o que nem sempre foi conseguido. E, depois de um par de situações de aperto para a defesa portuguesa, já quando o Lyon parecia começar a perder o fulgor inicial, Dembélé aproveitou uma bola em profundidade para bater Diogo Costa.

O FC Porto precisava, então, de dois golos para, pelo menos, empatar a eliminatória. Tarefa que Pepê se encarregaria de simplificar com um vólei de primeira, ainda antes da primeira meia hora de jogo. Tudo em aberto, portanto, e com o Lyon a acusar o golpe, esvaziado de boa parte da confiança construída com o triunfo do Dragão e com a vantagem que parecia confirmar a superioridade francesa.

Ainda invicto na Liga Europa, o Lyon construiu um par de lances de perigo, mas só não recolheu aos balneários em desvantagem porque aos “azuis e brancos” faltou o instinto que Toni Martínez revelou com a Lazio.

No reatamento, o Lyon baixou deliberadamente o ritmo, deixando claro que competia ao FC Porto marcar a diferença se quisesse prosseguir em prova. Sérgio Conceição precisava de aumentar a parada, o que teve de fazer depois da lesão de Bruno Costa, a forçar a primeira substituição a mais de meia hora dos 90 minutos.

A entrada de Uribe revelava a necessidade de dar intensidade ao meio-campo sem arriscar uma eventual expulsão de Eustáquio, já admoestado. Essa garantia prévia, antes de mostrar as garras, foi, porém, colocada à prova por nova investida de Dembélé, que só Diogo Costa impediu de bisar.

Chegada a hora da verdade, o FC Porto era forçado a arriscar tudo, enquanto o Lyon aguardava pacientemente por uma brecha que esteve quase a encontrar num erro de Pepe, mas que Paquetá não aproveitou. Redimiu-se Pepe num disparo que esteve muito perto de igualar a eliminatória, numa fase em que a entrada de Taremi obrigava os franceses a accionarem todos os alarmes.

Nos instantes finais, as oportunidades de golo precipitaram-se junto das duas balizas, mas o resultado estava feito e o FC Porto pode agora dedicar-se ao campeonato já com o dérbi portuense no horizonte.

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