Victoria & Albert apresenta a sua primeira exposição de moda masculina

Moda masculina através dos tempos: a partir do dia 19 deste mês ficará patente no museu londrino uma exposição inédita que alia o mundo do vestuário e da arte. O objectivo é celebrar e desafiar a imagem masculina.

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EPA/VICKIE FLORES
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Desde camisas cheias de rendas farfalhudas do século XVIII a um fato azul da Gucci usado pelo cantor Harry Styles, há uma nova exposição para visitar no museu Victoria & Albert (V&A), em Londres, e a gama de peças que podem ser vistas é vasta. Esta é a primeira exposição que o museu dedica à moda masculina.

Com a inauguração marcada para 19 de Março, Fashioning Masculinities: The Art of Menswear (“Masculinidades Modeladas: A Arte da Moda Masculina”, em tradução livre) contempla a moda masculina ao longo dos séculos, dando palco a designers, alfaiates e artistas. Desta forma, pretende-se “celebrar”, através de uma nova óptica, “o poder, a arte e a diversidade dos trajes e da aparência masculina”, pode ler-se no site oficial do museu.

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Fato da Gucci usado pelo cantor britânico Harry Styles EPA/VICKIE FLORES

A exposição não se fica apenas pela moda: há também pintura e escultura, bem como filmes e performances. Ao todo, segundo a revista Harper's Bazaar, estão expostas cerca de cem conjuntos de roupa e cem peças de arte. “Pensámos fazer uma exposição sobre vestuário masculino porque queríamos celebrar a sua diversidade, desde o histórico ao contemporâneo, e ficou decidido que a abordagem da exposição passaria por olhar tanto para a moda como para a arte”, explica Claire Wilcox, curadora de moda do museu, citada pela Reuters.

No campo do vestuário, inclui-se roupa interior (antiga e contemporânea), conjuntos de rendas e plásticos-bolha, assim como vários fatos. Já no que diz respeito aos artigos de designers, pode-se ver uma capa preta da Dolce & Gabbana intrincadamente bordada, um vestido verde de alta-costura ornamentado da Fendi, um fato cor-de-rosa do norte-americano Thom Browne com sapatos em forma esférica e um vestido da Gucci Styles que fez capa da revista Vogue.

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Fato usado pelo actor Billy Porter nos Globos de Ouro, em 2019 EPA/VICKIE FLORES

Claire Wilcox descreve: “Iniciamos com um corpo masculino e como este tem vindo a ser moldado e modelado ao longo dos anos; avançamos depois para a secção central, que incide sobre a exuberância da moda masculina desde o século XVIII até ao presente; e temos a secção final, onde olhamos para o fato, como este tem sido emendado, descartado, refeito e como a sua linguagem tem perdurado até aos dias de hoje.”

O fato da Gucci usado por Harry Styles é um dos trajes que desencadearam um momento viral nas plataformas online, tal como um smoking preto de Christian Siriano usado pelo actor Billy Porter, da série Pose . Há um outro fato que Porter usou também em exposição, trata-se de um fato cinzento de Randi Rahm que se faz acompanhar de uma capa bordada com um forro cor-de-rosa choque.

A exposição apresenta ainda trajes que foram envergados por outros nomes famosos como Marlene Dietrich, David Bowie e Sam Smith, bem como um fato preto cintilante do designer francês Haider Ackermann usado pelo actor Timothée Chalamet na estreia do filme de ficção científica Dune. “Neste momento, o vestuário masculino contemporâneo está numa posição muito poderosa”, justifica Claire Wilcox.

“Os designers estão a recorrer a uma gama muito ampla de ideias, tecidos e conceitos, e os profissionais mais jovens, como Edward Crutchley, Harris Reed, Grace Wales Bonner, estão a aproveitar a passerelle para desafiar as convicções que vigoram sobre o que é e não é o vestuário masculino”, acrescenta a curadora. A exposição, que conta com a parceria da Gucci, ficará patente até ao próximo dia 6 de Novembro.