Stromae total

O músico francófono mais popular da última década não é francês, mas belga. Entrevista a um cativante contador de histórias, um metteur-en-scène, um artista total que em Julho apresentará, na sua estreia em palcos portugueses, o novo álbum Multitude. Um posto de observação — sarcástico e ternurento, ferido e irónico — dos dilemas e angústias do indivíduo moderno.

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Michael Ferire�

Não foi a primeira vez. Em 2013, nos estúdios do canal público francês France 2, depois de ocupar um palco ligeiramente distante do público, o músico belga Stromae (n. Paul Van Haver, 1985, de pai ruandês e mãe belga, flamenga) irrompia pelo set e confrontava directamente o público, o do estúdio e o de casa que o acompanhava pela televisão. Caminhava por entre os ouvintes, sentava-se ao seu lado, olhava-os nos olhos. E dizia-lhes, misto de sarcasmo e auto-destruição, “Tu étais formidable”…Era um dos temas de Racine Carrée, o álbum de 2013 que consolidou Stromae como figura de proa da música popular francófona, na Europa como em África (sobretudo a das antigas colónias francesas): Senegal, Mali, Costa do Marfim… E, claro, no Ruanda, país do qual herdou a nacionalidade por via paterna.

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