PSI-20 perde quatro empresas e passa a designar-se apenas PSI

Novas regras ditam a saída do principal índice da bolsa de Lisboa da Novabase, da Pharol, da Ramada e da Ibersol.

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Nuno Ferreira Santos

O principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI-20, vai passar a designar-se apenas de PSI, deixando de identificar o número de empresas cotadas que o integram. A mudança, que já tinha sido anunciada no Verão do ano passado, é uma forma de contornar o facto de, nos últimos anos, o índice agregar um número de empresas inferior a 20 e de se assistir a alguma variação no total de empresas que o compõem. Exemplo disso, neste momento integram o índice 19 empresas, mas já foram 18, e, dentro de alguns dias, serão apenas 15.

A redução para 15 cotadas a integrar o PSI foi anunciada esta quarta-feira pela gestora da bolsa portuguesa, no âmbito da revisão anual, e decorre da saída da Novabase, da Pharol, da Ramada e da Ibersol.

A mudança acontecerá depois do fecho dos mercados no próximo dia 18 de Março, e tornar-se-á efectiva “a partir de segunda-feira, 21 de Março de 2022”, anunciou a Euronext Lisbon.

As saídas são ditadas por regras um pouco mais apertadas para a manutenção das empresas naquele que é uma espécie de “primeira divisão” da bolsa, nomeadamente ao nível da capitalização bolsista, acções dispersas (free float), ou volume de negociação, entre outras.

A aplicação desses critérios, que já tinham sido anunciados, e que segundo a Euronex Lisbon resultaram de “um amplo processo de consulta pública”, determinaram a saída das quatro empresas e não foi possível encontrar outras cotadas que os cumprissem, obrigando à redução do número de empresas do índice de referência nacional.

O PSI espelha a saída de várias empresas de bolsa, ao longo dos últimos anos, de forma voluntária ou pelo colapso de grupos financeiros, como foi o caso do Grupo Espírito Santo, que tinha uma dupla presença no índice.

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