A língua portuguesa une-se na fotografia de arquitectura — e há prémios para as melhores

Este ano acontece a 2.ª edição do concurso de fotografia para arquitectos e estudantes da CIALP. O tema Ser Sustentável no Espaço Lusófono quer desafiar-nos a pensar sobre a importância da sustentabilidade e da arquitectura. Inscrições abertas até 17 de Março.

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Rui Gaudencio

O Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa (CIALP) lançou, após três anos de interregno, a segunda edição de um concurso de fotografia para arquitectos e estudantes. Este ano o mote é: Ser Sustentável no Espaço Lusófono.

Em comunicado, o CIALP sublinha que esta edição é um “duplo desafio de reflexão sobre os conceitos de sustentabilidade e de lusofonia”. A sustentabilidade, “de tão obviamente necessária à vida, à nossa e à das coisas, parece muitas vezes ser quase esquecida”, lamentou o conselho. A arquitectura “tem um papel fundamental” na procura das soluções “para os muitos problemas com que a humanidade se confronta” disse o CIALP.

As inscrições estão abertas até 17 de Março, sendo que os premiados serão anunciados durante o mês de Abril. O júri inclui arquitectos de Angola, Brasil, Macau, Moçambique e Portugal.

Os autores da melhor fotografia nas duas categorias — arquitecto e estudante — receberão um prémio no valor de 400 euros. A imagem vencedora da categoria de estudante será ainda exposta na próxima Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), cuja 10.ª edição deveria ter acontecido em Julho de 2021, na cidade da Praia, capital de Cabo Verde.

A primeira edição do concurso de fotografia do CIALP, organizado em 2019, recebeu 97 candidaturas. O vencedor entre os arquitectos foi o português Nuno Simão Gonçalves, com uma fotografia da Fortaleza São Sebastião, na Ilha de Moçambique. Entre os estudantes, o premiado foi o brasileiro Gabriel Guerra Konrath, com uma imagem da Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre.

Fortaleza São Sebastião na Ilha de Moçambique (Arcadas das camaratas dos soldados), da autoria de Nuno Simão Gonçalves. CIALP/Nuno Simão Gonçalves
Hotel Majestic / Casa de Cultura Mario Quintana, da autoria de Gabriel Guerra Konrath. CIALP/Gabriel Guerra Konrath
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Fortaleza São Sebastião na Ilha de Moçambique (Arcadas das camaratas dos soldados), da autoria de Nuno Simão Gonçalves. CIALP/Nuno Simão Gonçalves

O CIALP tem como membros as ordens ou organismos profissionais de arquitectos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Goa, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A organização não-governamental representa “mais de 230 mil arquitectos”, o que corresponde “a 18% dos arquitectos em todo o mundo”, disse à Lusa, em Julho, o presidente do CIALP, Rui Leão, arquitecto radicado em Macau.

O CIALP, fundado em 1991, é uma associação de direito privado sem fins lucrativos, com sede em Lisboa, parceiro institucional da União Internacional dos Arquitectos (UIA) e observador consultivo da CPLP.

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