Um clique solidário: quatro sites para apoiar a Ucrânia (com selo português)

Estes quatro projectos portugueses adaptaram o espírito solidário à era digital, permitindo que qualquer pessoa com acesso à Internet possa dar a mão aos refugiados ucranianos.

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LUSA/RODRIGO ANTUNES

Desde que a notícia da invasão à Ucrânia chegou aos ouvidos do mundo, são vários os esforços feitos para dar a mão às vítimas da guerra. A ajuda manifesta-se em formatos diversos e, em Portugal, a causa foi levada para o universo digital. Aqui ficam quatro projectos que estão a formar redes de apoio online.

Solidary Bed

Este movimento português, lançado pela agência uppOut, surgiu durante a pandemia para responder às necessidades dos profissionais de saúde. Perante uma nova crise, readaptou-se e voltou à acção, desta vez sob a forma de uma plataforma mais internacional que quer ajudar os refugiados ucranianos. A sua estrutura consiste numa vasta rede interna de empresas (com quem trabalham em parceria) e milhares de voluntários por todo o país. Mobilizam-se para arranjar casas, empregos e o que o refugiado (ou a família) precisar, independentemente da zona em que procura asilo. A Solidary Bed quer ajudar pessoas espalhadas por toda Europa, estando de momento a tentar expandir-se. Para disponibilizar ou procurar ajuda, basta recorrer ao site do movimento.

We Help Ukraine

Nasceu em Portugal no calor do conflito. Ainda que seja muito recente, já mobilizou milhares de pessoas e organizações e expandiu-se rapidamente para fora do país. Em entrevista à RTP 3, o criador, Hugo de Sousa, explica que se trata de um “projecto colaborativo” que pretende “amplificar” outros já existentes, funcionando como um ponto de convergência. Desta forma, torna-se possível encontrar refugiados ucranianos e voluntários pelo mundo, disponibilizar todo o tipo de contributos (como casas, mantimentos, primeiros socorros, entre outros), dando, simultaneamente, a mão a organizações que fazem os recursos chegar mais perto da Ucrânia. No site, estão disponíveis as opções de pedir auxílio ou prestá-lo, bastando preencher um formulário.

Tech For Ukraine

Esta plataforma ergue-se para mostrar o papel da tecnologia numa situação de crise. Em entrevista à CNN, João Moreira Pires, porta-voz do projecto, explica que o foco é a “segunda fase de resposta a esta crise”. Passado o período de “reposta humanitária pura”, tencionam ajudar refugiados ucranianos a “reerguer os seus negócios” de start-ups e inovação, dando a oportunidade de os continuarem a desenvolver em Portugal. Além disso, também pretendem construir uma rede de investidores e voluntários que “ajudem ecossistemas locais a antecipar as novas necessidades” que surgem com o conflito, lê-se no site.

From Ukraine to Portugal

A viver em Portugal, a ucraniana Kateryna Shepeliuk juntou-se ao marido David Carvalhão para criar o site From Ukraine To ​Portugal, um site que disponibiliza todo o tipo de informações para ajudar os ucranianos a encontrar rotas de fuga, formas de chegar a Portugal e o que é preciso saber para conseguirem assentar no país. Na plataforma, encontra-se também um chat no Telegram para comunicar com os refugiados e um formulário para voluntários que se queiram juntar à causa.

Texto editado por Amanda Ribeiro

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