Mísia estreia primeiro single do novo álbum e desvenda bastidores de Animal Sentimental

O novo álbum de Mísia, sucessor de Pura Vida (2019), já tem data de saída: 29 de Abril, com edição da Galileo. E será apresentado ao vivo no dia 27 de Maio, no Auditório do Museu do Oriente, em Lisboa. Chama-se Animal Sentimental e é acompanhado por um livro inédito onde a cantora passa em revista vários episódios da sua vida, pessoal e musical. A capa (aqui reproduzida em parte) é um novo retrato que dela fez da pintora francesa Anne-Sophie Tschiegg, que já tinha assinado o quadro do cartaz do espectáculo que Mísia apresentou no CCB, As Mais Bonitas.

O que será tal disco, conta-o a própria Mísia num EPK agora publicado, ao mesmo tempo que é divulgado, apenas em áudio, o primeiro single do disco, Da vida quero os sinais. No vídeo, com cerca de 25 minutos, onde se intercalam imagens das gravações com declarações de cantora ou do produtor, o alemão Wolf-Dieter Karwatky, Mísia fala das suas duas grandes influências, Amália e Juliette Gréco (“Porque ao mesmo tempo que canto, digo. Sou uma voz-personagem e não uma voz-performance”), e do relevo por ela dado à palavra e ao sentir. “As palavras são essenciais. Por isso eu não podia cantar uma música muito bonita com umas palavras tontas.” E noutra passagem do vídeo: “O que decide, realmente, para mim, é sentir. Por isso é que este disco se chama Animal Sentimental. Porque sentir foi o que me salvou em todas as fases difíceis da minha vida. Por isso realço sempre esta capacidade de me fazer sentir, que eu encontro num poema ou noutro.”

Gravado em Lisboa, no Estúdio Namouche, em Dezembro de 2021, o novo álbum de Mísia tem arranjos e direcção musical de Ricardo Dias e produção de Wolf-Dieter Karwatky, que também assegurou a engenharia de som, na gravação, edição, mistura e masterização. Com ela (voz), participaram nas gravações Ricardo Dias (piano), Fabrizio Romano (piano), Bernardo Couto (guitarra portuguesa), Bernardo Viena (viola de fado), Daniel Pinto (baixo acústico), Bruno Costa (guitarra de Coimbra) e Luís Ferreirinha (viola de fado).

Acerca da canção agora revelada, feita a partir de um poema que Mário Cláudio escreveu para a sua voz em 1998 e cantada com a música do Fado Tango, com arranjos de Ricardo Dias, diz Mísia no texto que acompanha a divulgação do single: “Este fado ficou-me para sempre colado à alma e eu tinha de o cantar neste Animal Sentimental. É um fado profundo que fala da Vida e da Morte, o paradigma do Fado como Destino. Não há aqui uma aposta na novidade, mas na qualidade, é o contrário do fado entretenimento.”