Marcelo explica contenção nos comentários à guerra e pondera convocar Conselho de Estado

O Presidente da República, o presidente da Câmara de Lisboa e a embaixadora da Ucrânia em Portugal inauguraram um centro de recepção de refugiados, em Lisboa.

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LUSA/MÁRIO CRUZ
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Marcelo Rebelo de Sousa explicou nesta quinta-feira porque tem sido muito parco nos seus comentários à invasão da Ucrânia por parte da Rússia. Para o Presidente da República, “numa guerra tem de haver uma grande contenção” para não se correr o risco de quebrar a unidade nas medidas tomadas pelos diversos países. O chefe de Estado revelou ainda estar a ponderar a convocação do Conselho de Estado para debater a guerra.

Durante uma visita ao centro de acolhimento temporário para os refugiados, no pavilhão da Polícia Municipal, em Campolide, Lisboa, na companhia do presidente da autarquia e da embaixadora da Ucrânia em Portugal, Marcelo disse compreender que os questionem sobre a guerra, mas afirmou que é preciso “ter muito cuidado com o que se diz”. “Pode haver, naturalmente, excepções, e há excepções, que se percebe, quando se trata de países que estão a braços com períodos eleitorais e em que há uma solicitação maior em termos de esclarecimento ou de intervenção”, acrescentou.

“A opinião pública, dentro desta ideia de abraçar a causa, quer mais, imediatamente. Há que pensar naquelas pessoas de carne e osso que estão nesse panorama de guerra, naquilo que se vai vivendo, e como isso exige uma prudência, uma sensatez, uma contenção da parte dos responsáveis”, disse ainda.

Sobre o Conselho de Estado que está a ponderar “em tempo oportuno” e que poderá “haver qualquer tomada de posição adicional, complementar, relativamente àquilo que tem sido feito e dito pelo senhor primeiro-ministro, pelo senhor ministro dos Negócios Estrangeiros, pelo senhor ministro da Defesa Nacional, e também, pontualmente, pelo Presidente da República”, salientou.

No centro, onde já estão montadas 100 camas de campanha e vários gabinetes, desde salas de refeição, tendas médicas e espaços para crianças, Carlos Moedas explicou que aquele espaço não será um dormitório, mas sim o local onde os refugiados ucranianos que vierem para o nosso país recebem a primeira ajuda.

O presidente da autarquia disse não saber ainda quantos refugiados podem chegar a Portugal, mas diz que o município está pronto para receber os que forem necessários. Não disse, porém, se a câmara tem meios físicos para alojar estes refugiados a longo prazo.

Moedas disse ainda que a autarquia já alojou em hotéis 17 ucranianos que estavam em Lisboa e não conseguiram regressar ao seu país.

Marcelo e Moedas garantiram à embaixadora Inna Ohnivets que quem vier para nosso país será bem recebido e que Portugal está empenhado em que tudo corra bem.

Na visita estiveram ainda vários vereados da Câmara de Lisboa, a directora do Serviço Municipal da Protecção Civil, Margarida Castro Martins, e presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Ana Jorge.

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