Tondela domina Mafra e está com um pé na final da Taça

Resultado robusto na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal determina vantagem confortável para o jogo decisivo, marcado para 19 de Abril.

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Tondelense Pedro Augusto promoveu desequilíbrios LUSA/PAULO NOVAIS

O Tondela superiorizou-se, esta quinta-feira, na recepção ao Mafra (da Liga 2), que derrotou sem problemas, por 3-0, definindo praticamente a sorte da eliminatória neste duelo da primeira mão da meia-final da Taça de Portugal. Tiago Dantas (39'), Manu Hernando (66') e Neto Borges (75') selaram a vitória da formação da I Liga. Stevy Okitokandjo marcou a dois minutos dos 90 um golo... invalidado pelo VAR.

Apesar das inúmeras alterações introduzidas nos “onzes” iniciais, tanto pelo treinador do Tondela como pelo do Mafra, as equipas nunca duvidaram da capacidade para atacar o grande objectivo, com os locais a revelarem maior capacidade no primeiro quarto de hora. Nesse período, o Mafra precisou de toda a concentração do guarda-redes Renan para salvar as duas grandes ocasiões de golo a remates de Tiago Dantas e Rafael Barbosa.

Passada a fase mais complicada, os visitantes procuraram mostrar-se, revelando personalidade e organização. Faltou apenas calma e algum instinto matador num par de situações. O Tondela expunha-se ao risco em duas acções de Eduardo Quaresma e Niasse, erros que Rodrigo Martins não capitalizou e que Tiago Dantas emendou num alívio que manteve intactas as ambições do Tondela.

O Mafra não soube agarrar a sorte em duas ofertas e acabou batido num toque de azar que levou a bola direitinha aos pés de Tiago Dantas, que se limitou a não falhar.

A vantagem do Tondela justificava-se e era merecida, mas não chegava para tranquilizar uma equipa necessitada de paz para não complicar a vida no campeonato. Ciente dessa ambivalência, o Mafra estava disposto a não entregar a final de mão beijada, o que conduziu a uma segunda parte sem uma tendência tão vincada como a etapa inicial.

Nada que desmoralizasse a equipa de Pako Ayestarán, como se viu quando o defesa espanhol Manu Hernando explorou a deficiente marcação em lance de bola parada para elevar os números e garantir uma margem mais fácil de gerir na segunda mão.

Para o Mafra, que via esgotar-se a energia e a capacidade para tentar um golo moralizador, os 20 minutos finais foram de maior ansiedade e perda de controlo emocional, com reflexos num colectivo prestes a quebrar. A incursão de Neto Borges, à entrada do último quarto de hora, colocou mesmo uma pedra sobre o assunto, atirando as aspirações do Mafra para um labirinto de que dificilmente escapará nesta eliminatória, praticamente traçada e com vista para o Jamor.

Stevy ainda reduziu (88'), mas o golo que poderia dar algum alento ao Mafra não passou no crivo do VAR.

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