UE preparada para agir sobre criptomoedas para Rússia não poder contornar sanções

A União Europeia vai alargar as suas sanções financeiras contra a Rússia ao domínio das criptomoedas, de forma a assegurar a “máxima eficácia” das penalizações impostas até agora a Moscovo, por causa da invasão da Ucrânia.

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Vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis EPA/STEPHANIE LECOCQ

Os serviços da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu anunciaram que “estão neste momento a ser estudados quais os meios que podem ser utilizados para agir sobre as criptomoedas, para a Rússia não poder contornar as sanções”, informou o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Economia e Finanças da União Europeia, que decorreu por videoconferência, esta quarta-feira.

Depois da adopção do terceiro pacote de restrições financeiras, que resultaram na exclusão de sete bancos russos do sistema SWIFT (do inglês Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication), de processamento de transferências internacionais, e no congelamento de mais de metade das reservas do Banco Central russo, os 27 querem certificar-se que fecham todos os atalhos e desvios que permitam à Rússia aceder ao financiamento ou gerar liquidez para alimentar o seu esforço de guerra.

“A UE desenhou um conjunto de medidas de efeito devastador sobre a economia russa, e elas já estão a produzir resultados”, assinalou o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, que chamou a atenção para a queda de 25% do valor do rublo desde o início da semana. “Mas estamos dispostos a ir ainda mais longe”, acrescentou.

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