Quatro coproduções portuguesas integram festival dinamarquês de cinema CPH:DOX

Entre os filmes a exibir em Copenhaga conta-se a primeira realização conjunta de Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes: Diários de Otsoga.

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Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes Anna Costa

O filme Diários de Otsoga, de Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes, e a co-produção Mangrove School (Skola di tarefe), de Filipa César e Sónia Vaz Borges, integram o festival de cinema dinamarquês CPH:DOX, que começa no dia 23 em Copenhaga.

Diários de Otsoga, primeira obra co-assinada por Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes, foi rodada em 2020 em plena pandemia e ficcionada a partir dela; Mangrove School (Skola di tarefe), que volta a juntar a realizadora Filipa César e a investigadora Sónia Vaz Borges, segue o rasto de antigas escolas apoiadas pelo movimento de apoio à independência em Cabo Verde e na Guiné-Bissau.

No programa paralelo Fórum constará o projecto do filme El Auge del Humano 3, do realizador argentino Eduardo Williams, com co-produção portuguesa por Ico Costa.

Na secção Lab será apresentado o projecto internacional A Gruta Sagrada de Kamukuwaká, uma parceria entre Brasil, Espanha, Reino Unido e Portugal apresentada como um trabalho documental de realidade virtual imersiva. O foco do projecto é a reconstituição visual de uma gruta onde foram descobertas –​ e mais tarde vandalizadas – inscrições rupestres do povo de Kamukuwaká, no território indígena do Xingu, no estado do Mato Grosso, no Brasil.

A equipa, que está há vários anos a trabalhar na preservação destes vestígios arqueológicos, em particular no registo visual, integra o realizador e fotógrafo brasileiro Piratá Waurá, o realizador espanhol Alejandro Romero, o produtor britânico Nathaniel Mann e a arqueóloga portuguesa Mafalda Ramos.

O festival dinamarquês CPH:DOX decorrerá em Copenhaga, de 23 de Março a 3 de Abril, com cerca de 180 filmes e uma programação complementar com debates, seminários, concertos e encontros com realizadores.

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