O céu

Ao longo dos anos fiz as pazes com a morte – mas nunca mais acreditei no paraíso. E hoje queria muito conseguir voltar a acreditar.

Naquele tempo eu acreditava que o céu existia e que era uma espécie de jardim onde todos andavam vestidos de branco, enquanto observavam o que acontecia cá em baixo na Terra. A dona Ema, minha catequista, falava-nos muitas vezes em almas e na finitude do corpo, mas eu gostava mais da ideia romântica do Éden acima das nuvens que, por acaso, era corroborada por uma novela brasileira, creio que se chamava A Viagem, que passou na televisão portuguesa durante a minha infância.

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