Portugueses do Lille querem mostrar-se aos campeões europeus

José Fonte garante que os franceses cresceram desde a última visita a Stamford Bridge, enquanto Thomas Tuchel promete não menosprezar adversário que conhece bem dos tempos de Paris.

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Renato Sanches durante o treino de ontem Reuters/MATTHEW CHILDS

Separados por pouco menos de 300 quilómetros, o campeão europeu, Chelsea, e o campeão francês, Lille, discutem esta noite (20h, TVI), em Londres, na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, quem consegue ganhar vantagem para o jogo decisivo, em França, a 16 de Março.

Para a equipa dos portugueses José Fonte, Tiago Djaló, Xeka e Renato Sanches trata-se da oportunidade rara de colocar o Lille, pela primeira vez, nos quartos-de-final da competição, fase que os franceses falharam em 2006/07, ao serem eliminados pelos também ingleses do Manchester United de Alex Ferguson e Cristiano Ronaldo.

Jocelyn Gouvernnec, treinador do Lille, passou uma mensagem que o internacional português José Fonte captou e transmitiu na conferência de imprensa, esperando “poder mostrar a verdadeira face” da equipa francesa, falando em “solidariedade” e avisando que este Lille apresenta um nível que não possuía há dois anos, quando defrontou o Chelsea na fase de grupos da Champions, acabando em último com um ponto (empate com o Valência, primeiro do grupo). Ou não tivessem os “dogues” vencido o grupo G, de RB Salzburgo, Sevilha e Wolfsburgo.

Atento a esta mudança, Thomas Tuchel procura manter o foco apesar da final da Taça da Liga inglesa, frente ao Liverpool, no próximo domingo. O técnico alemão promete a melhor equipa, não descurando o jogo com um adversário que defrontou enquanto técnico do PSG no início da época passada, antes da mudança para o Chelsea.

No Estádio de la Cerámica, o Villarreal, detentor da Liga Europa, enfrenta uma Juventus mais vocacionada para a Champions, onde, de resto, venceu o grupo do actual campeão europeu. Para Unai Emery, o quarto lugar do adversário na Liga italiana não é uma via aberta à displicência. O técnico espanhol sabe das dificuldades que a equipa da Turim colocará na visita a Espanha, mas não trocava esta exigência por nada: “A Juventus exige respeito… pela história, pela experiência na Champions, pela capacidade e fome dos jogadores. Mas este é o nível que queremos. Jogar contra os melhores é o nosso desafio”, declarou o treinador do “submarino amarelo”, curioso para “ver o que somos capazes de fazer a partir daqui”, face a um favoritismo italiano que obriga o Villarreal “a ter que fazer um jogo perfeito”.

Reforçado com o avançado sérvio Dusan Vlahovic, a Juventus tem uma barreira psicológica para vencer depois de três anos a cair nos oitavos-de-final: eliminada sucessivamente por Ajax, Lyon e FC Porto. Finalista vencido em 2014/15 e 2016/17 com a Juve, Massimiliano Allegri revelou um estranho conformismo depois do último empate na Serie A, com o Torino. Já em modo Champions, o técnico italiano projecta um percurso mais ambicioso, sem arriscar, prometendo uma equipa empenhada para vencer o que acredita ser “um jogo de paciência”.

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