Desenvolvido sistema de dessalinização accionado por energia solar térmica

O equipamento utiliza a energia solar térmica e a tecnologia de compressão de vapor para tornar a água salgada em água potável.

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Sistema pretende contribuir para mitigar a falta de água Rui Gaudêncio

Investigadores do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), no Porto, desenvolveram um sistema de dessalinização que, accionado por energia solar térmica, pretende contribuir para mitigar a falta de água. Szabolcs Varga, investigador do instituto do Porto, explicou que o sistema pretende “contribuir para mitigar a falta de água” e ser uma alternativa aos actuais sistemas de dessalinização.

O equipamento “utiliza a energia solar térmica e a tecnologia de compressão de vapor para tornar a água salgada em água potável”, recorrendo a dois sistemas que funcionam em paralelo: um colector solar térmico e um subsistema de dessalinização.

“A dessalinização da água salgada é uma solução para lidar com a insuficiência de água potável, mas é ainda um processo de elevado custo e que consume muita energia. A tecnologia que estamos a desenvolver introduz a energia renovável, contornando assim estes obstáculos”, observou. Segundo o investigador, o protótipo foi pensado para ser aplicado a nível local e comunitário, sendo a sua manutenção e utilização “simples e fácil”.

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A pequena central de dessanilização DR

“Pensamos que fazia sentido desenvolver um sistema mais robusto e relativamente simples de forma a ser utilizado em locais onde não há pessoal altamente qualificado para operar o equipamento”, afirmou, acrescentando que o sistema “contribui para a redução da pegada de carbono” ao recorrer a fontes de energia renováveis. Szabolcs Varga afirmou ainda que o próximo passo é a realização de testes experimentais do protótipo e que o objectivo futuro é “optimizar, alterar e melhorar” o sistema, numa óptica de evolução.

O equipamento, desenvolvido no âmbito do projecto Small Soldes, é co-financiado pela União Europeia através do programa Compete 2020 e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

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