Novak Djokovic já começou a ganhar em 2022

O líder do ranking mundial de ténis aproveitou as medidas menos exigentes que vigoram no Dubai para regressar à competição.

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No Dubai, o sérvio venceu Lorenzo Musetti com um duplo 6-3 EPA/ALI HAIDER

Foi com uma vitória de rotina que Novak Djokovic abriu a época 2022. No primeiro encontro desde 3 de Dezembro, o sérvio dominou o jovem adversário italiano, Lorenzo Musetti, em pouco mais de uma hora e acedeu à segunda ronda do Dubai Duty Free Tennis Championships. Sem vestígios de falta de competição ou de azedume por não ter competido no Open da Austrália ou pelas dificuldades criadas aos raros tenistas que, como o próprio, se recusam a ser vacinados contra a covid-19.

“O Dubai é o lugar perfeito para começar a época, por causa do apoio dos fãs que vieram aqui e me aplaudiram todo o tempo. Há uma grande comunidade sérvia também e é bom ver bandeiras sérvias. Em termos de ambiente, excedeu as minhas expectativas”, admitiu Djokovic. Na véspera, o sérvio de 34 anos tinha confessado que não foram fáceis os dias após a deportação da Austrália. “Precisei de algum tempo para reflectir e descansar mentalmente. Mas, a partir do momento em que recuperei energias, fiquei ansioso por voltar a competir”, confessou.

O facto de o Dubai não exigir a vacinação para a entrada no país permitiu a Djokovic “aproveitar a oportunidade” de regressar à competição. E, desde que aterrou, o sérvio foi muito bem recebido pelos fãs, tanto na visita ao pavilhão da Sérvia na Expo 2020, bem como quando entrou no estádio, para defrontar Lorenzo Musetti (58.º).

Com um break em cada set, o pentacampeão da prova (2009, 2010, 2011, 2013 e 2015) esteve sempre por cima e, ao fim de 1h14m, concluiu o encontro com um duplo 6-3. O italiano de 19 anos é mais perigoso na terra batida - venceu os dois primeiros sets diante de Djokovic no último torneio de Roland Garros, antes de desistir, exausto, no quinto set -, mas no hardcourt do Dubai não aproveitou nenhum dos sete break-points de que dispôs.

Antes da estreia de Djokovic, outro campeão do Grand Slam, Andy Murray (89.º), garantiu também a presença na segunda ronda. O escocês continua a acreditar que pode voltar ao mais alto nível e derrotou o australiano Christopher o’Connell (158.º), por 6-7 (4/7), 6-3 e 7-5.

Presentes no Dubai, estão ainda Andrey Rublev (7.º), que no domingo conquistou o ATP 250 de Marselha - o nono título do russo -, Jannik Sinner (10.º), Hubert Hurcacz (11.º) e Denis Shapovalov (14.º).

Na segunda ronda, Djokovic defronta o vencedor do embate de terça-feira, entre Karen Khachanov (26.º) e Alex De Minaur (32.º), mas, independentemente do resultado que vier a conseguir no Dubai, o tenista sérvio pode ver interrompido o seu reinado no topo do ranking mundial, que já dura há 361 semanas, caso Daniil Medvedev triunfe no Abierto Mexicano Telcel. O actual número dois na tabela ATP é o favorito no ATP 500 que decorre igualmente esta semana em Acapulco e onde tem concorrência de vulto.

A caminho da final, Medvedev poderá reencontrar Rafael Nadal (5.º), com quem perdeu a final do Open da Austrália, ou Matteo Berrettini (6.º). Na metade inferior do quadro estão também Alexander Zverev (3.º), que defende o título, e Stefanos Tsitsipas (4.º).

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