Depois de 30 anos no Brasil, a GCMP está a investir em Gaia

A empresa Gaia Innovation City foi constituída há um ano por dois sócios, um grupo brasileiro e um investidor do mesmo país. Comprou um terreno de 21 hectares na Madalena, para um pólo tecnológico.

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NEG - 18 fevereiro 2022 - PARQUE DE CAMPISMO DA MADALENA - ALVO DE PROJECTO NA AREA DA TECNOLOGIAS

A Gaia Innovation City é uma empresa constituída no ano passado, para gerir o projecto homónimo na Madalena, em Vila Nova de Gaia. Foi criada pela GCMP – Gestão de Capital & Management, Lda, que tem como únicos sócios os empresários brasileiros André Joaquim de Carvalho e Francisco António Caminha Almeida. Para além da GCMP, a Gaia Innovation city tem como associada uma ofshore sediada em malta, a Dousa Holdings e, questionada pelo PÚBLICO, adiantou que o beneficiário desta, e novo sócio do projecto, “é Dacio Oliveira, empresário com vasta experiência em projectos imobiliários e de tecnologia nos EUA e no Brasil”, que utilizou a Dousa, “uma das suas empresas de investimento na Europa”, para participar no empreendimento.

Os promotores do Gaia Innovation City descrevem-se como “um grupo empresarial com mais de 30 anos de experiência na área de investimentos e desenvolvimento de negócios. Alguns desses negócios foram, a título de exemplo o Duty Free Bahia – Free Shop; o Shopping Parangaba, na área do Retalho; o Reamp – Tecnologia em média programática; o Poupa Tempo – no retalho de serviços, o NG9/Opportunity – Fundo de Investimentos na área de tecnologia e inovação; a IG – Internet Grátis – Primeiro e maior Portal e Provedor de Internet gratuito do Brasil; a Agência Click – Maior Agência Digital do Brasil; a Midia Click – Tecnologia em links Patrocinados; a EMD – Marketing Directo – Tecnologia na venda de Seguros massificados”.

"Princípios de acordo"

Para além disso, actualmente estão a trabalhar na Gestão Capital e no Gaia Innovation City e detêm “a Plataforma de educação INTELIGENTE – Maior plataforma de conteúdo digital do Brasil com mais de 5 mil jogos gamificados para o ensino “infantil”, “fundamental” e “médio"; a Atheva – uma das principais criadoras de software para a área da educação; a Dabanca – Trade de produtos e serviços em mais de dois mil quiosques na cidade de São Paulo; a ZEG – Tecnologia de última geração que transforma lixo em energia renovável; a Focal - Incorporadora de prédios de alto e médio padrão com mais de 2.300 apartamentos vendidos nos últimos 5 anos; a Talon - Desenvolvimento urbano e loteamentos de alto e médio padrão. “No site da Gestão Capital é possível conhecer conhecer melhor o perfil empresarial dos promotores deste projecto”, acrescentam.

Questionada sobre o tipo de compromisso que tem com as empresas tecnológicas multinacionais que, numa apresentação entregue à Câmara de Gaia, apontam como potenciais inquilinos do Tech Hub, a GCMP explica que “os contactos com empresas com o perfil adequado para eventualmente integrarem este projecto já começaram. Em alguns casos temos já princípios de acordo, mas não é ainda este o momento para revelar quem são essas entidades. No momento oportuno faremos uma apresentação pública deste projecto e nessa altura poderemos avançar mais detalhes.

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Imagem "conceptual" da futura Gaia Innovation City DR

Outras negociações

Quanto às entidades ligadas à educação, adiantam que a Babson, dos EUA, deverá “ser uma das protagonistas na área académica, do conhecimento e do empreendedorismo trazendo com ela os cursos de formação superior, pós-graduação, intercâmbios com dezenas de países. Além da Babson, decorrem negociações com outras entidades de ensino, como por exemplo a Singularity [também dos EUA mas com presença em Portugal, associada à Nova SBE], com cursos temporários para executivos e empreendedores”, acrescentam.

Segundo a GCMP, o projecto de arquitectura é liderado pela Openbook e o desenho apresentado na brochura entregue no município, que remete para a sede da Apple, no vale do silício, “é conceptual. Estamos neste momento a desenvolver o projecto de arquitectura, pelo que o que vale a pena sublinhar é que estamos a falar de um pólo de tecnologia, inovação e educação que vai juntar o mundo académico ao profissional, com uma forte promoção do empreendedorismo. O objectivo é criar um ecossistema ligado à inovação que garanta todos os meios necessários à atracção, desenvolvimento e criação de oportunidades profissionais e de negócios a jovens talentosos de todo o mundo”, descrevem.

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Parque de Campismo da Madalena, em Gaia Nelson Garrido
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