No Paraíso de Dante, o Bando encontrou o amor

A companhia de João Brites prossegue o seu trabalho como quem procura sempre dar novas cores à sua estética, à sua intensidade poética e à sua plasticidade dramática, mas também política.

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Dante (Pedro Gil) e Beatriz (Sara Belo) filipe ferreira

Há uma enorme tensão sobre o palco. Uma tensão que permanecerá, cortante e densa, que se estenderá à plateia e espalhará pelos corredores. É uma tensão amorosa, melhor, uma tensão decorrente do amor; melhor ainda, nascida e alimentada pela ideia de amor perseguida por Dante na etapa final da sua peregrinação, após as atribulações das suas passagens pelo Inferno e pelo Purgatório. O amor, nas suas variadas formas e encarnações, esse, que torna tudo melhor – mesmo quando as evidências o contrariam –, é, nesta peça, a chave que abre o coração dos cépticos. Caso contrário, tudo não passa de uma construção romântica. A bem dizer, venha o Diabo e escolha.

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