Seis feridos num incêndio seguido de explosões em Vale de Madeiros. Engenhos explosivos encontrados no terreno

Cinco dos feridos são bombeiros e o sexto é militar da GNR. O proprietário do terreno, em Vale de Madeiros, no concelho de Nelas, está a ser ouvido pela GNR. Fonte do Hospital de Viseu avançou ao PÚBLICO que dois feridos foram encaminhados para o bloco operatório.

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José Luís Carneiro
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Seis pessoas ficaram feridas, duas com gravidades, na tarde desta quarta-feira na sequência de um incêndio num armazém de serralharia, que foi seguido por várias explosões. O acidente aconteceu em Vale de Madeiros, no concelho de Nelas, informou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).

Cinco dos feridos são bombeiros e o sexto é militar da GNR — foram mobilizados depois de dado o alerta para um incêndio.

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A mesma fonte disse à agência Lusa que “os bombeiros não tiveram condições de chegar perto do local devido a várias explosões”, não estando afastada a possibilidade de haver mais vítimas: “A estrutura foi tomada pelas chamas e há várias explosões.” Segundo a fonte do CDOS, os feridos foram transportados para o hospital de Viseu, encontrando-se dois em estado grave.

Miguel David, comandante distrital da Protecção Civil de Viseu, disse em directo para a SIC Notícias que o alerta para um “incêndio num armazém de serralharia” foi dado por volta das 15h. “As equipas, ao chegarem ao local, foram confrontadas com várias explosões, tendo resultado, desta operação, seis feridos. Destes, cinco são bombeiros — dois graves e três leves — e um militar da GNR, todos já encaminhados para unidades hospitalares”, disse.

O responsável explicou que, depois de controlado o incêndio, “houve novos dados” e esta passou a ser uma operação com “contornos policiais”. “Estão a ser feitas diligências policiais no terreno, naquilo que é a sua actividade de investigação”, disse. Apesar de não avançar se se tratou de um fogo posto, Miguel David afirmou que foram encontrados engenhos explosivos, “não conseguindo classificar a classe e a categoria”.

Questionado ainda sobre se um dos feridos apresenta ferimentos de bala, o comandante também não confirmou essa informação. “É possível que, devido às explosões, tenha havido projecções de materiais existentes na serralharia. [Os feridos] foram encaminhados para a unidade hospitalar para fazer essa avaliações”, disse.

André Batista, da GNR, afirmou que os militares já identificaram o proprietário do terreno, dizendo ainda que, nesta altura, o homem não está detido, mas está a ser ouvido pela GNR. “Estamos a proceder a diligências policiais, que poderão ou não concluir que se tratou de um crime”, apontou.

"O proprietário do terreno estava nas imediações, estivemos a falar com ele e a tentar perceber o que se passou. Está calmo, está a colaborar, está a falar, vamos tentar apurar o que é que se passou”, disse ainda.

Se a GNR concluir que existiu crime “da competência da Polícia Judiciária”, essa força policial será chamada ao local. A brigada de explosivos foi chamada quando as explosões começaram, sendo que André Batista não descarta a possibilidade de existirem mais explosivos junto ao armazém. “Vamos fazer a limpeza completa ao terreno, para depois conseguirmos dar essa informação”, apontou.

O militar da GNR que ficou ferido de forma leve tem um estilhaço na perna. “Não sabemos bem o que aconteceu, mas terá sido um estilhaço”, apontou.

Os restantes feridos apresentavam sinais de traumatismo e uma das vítimas tem sinais de um trauma abdominal que poderá ter sido causado pelos estilhaços. “Foram encaminhados para as unidades hospitalares e estavam estáveis, foram com acompanhamento médico e agora a situação vai ser avaliada”, disse fonte do INEM à SIC Notícias.

Segundo disse ao PÚBLICO fonte do Hospital de São Teotónio (Viseu), que recebeu quatro dos seis feridos, duas pessoas foram encaminhadas para o bloco operatório e outras duas para a urgência e estão sob observação.

No teatro de operações estão ainda 95 operacionais, apoiados por 41 viaturas. Durante a tarde, chegou a ser accionado um meio aéreo, que não se pode deslocar “devido às condições climatéricas”, segundo disse fonte do CDOS. Para já, o dispositivo da Protecção Civil vai manter-se no local para criar “melhores acessos”, entre outras operações.

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