Sérgio Conceição guarda carinho pela Lazio, mas só pensa na vitória

Treinador do FC Porto não esquece o passado no clube romano, que pretende superar no frustrante regresso à Liga Europa.

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Sérgio Conceição prepara reencontro com a Lazio EPA/JOSE COELHO

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, assumiu o sentimento especial pela Lazio, primeiro clube que representou em Itália, garantindo, porém, que isso “conta muito pouco” para o duelo do “play-off” da Liga Europa, jogo que projectou esta quarta-feira em conferência de imprensa.

"Toda a gente sabe o que foi a minha passagem pela Lazio. Todos os que viveram comigo aqueles momentos e os títulos que conquistámos. Tenho um carinho muito grande pela Lazio, mas isso conta muito pouco”, disse na antevisão da primeira mão do play-off de acesso aos oitavos-de-final da Liga Europa, esta quinta-feira (20h), no Dragão.

Sérgio Conceição, que enquanto futebolista defendeu as cores dos “laziali” entre 1998 e 2000, e na primeira metade de 2003/04, assegurou que apenas pensa em bater o antigo clube e dar um passo importante rumo aos oitavos da Liga Europa.

“Estou a representar o FC Porto, o clube que me paga e o clube do meu coração. O jogo será extremamente difícil e equilibrado. Somos uma equipa competitiva, que sabe o que quer e tudo fará para ganhar”, vincou.

O técnico dos “dragões” revelou ter estudado o adversário em pormenor, considerando o sexto classificado da Serie A uma equipa empreendedora e concretizadora.

“Tem o segundo melhor ataque do campeonato e individualidades muito interessantes. Procura uma boa utilização da profundidade e potencia situações de um contra um nas alas”, analisou.

Apesar das valências do adversário, Conceição deixou uma ressalva: “Os perigos que podem surgir da Lazio estão relacionados com a nossa forma de estar em campo. Dançamos conforme o par que temos. Sinceramente, gostei de alguns princípios da equipa”.

Uma das principais referências dos romanos é o internacional brasileiro Felipe Anderson, que na última temporada esteve cedido pelo West Ham ao FC Porto, numa passagem sem grande sucesso, já que realizou apenas 10 partidas pelos “azuis e brancos” e não marcou qualquer golo.

“O Felipe não teve oportunidade de jogar muito aqui, mas tem uma qualidade incrível, tem uma capacidade enorme, a nível físico e técnico. O grande problema do Felipe, e tive várias conversas com ele sobre isso, é no plano emocional. Falta consistência. Tanto faz bons jogos como depois falta-lhe um bocadinho de confiança. É de ser tão boa pessoa, de absorver demasiado o que está à volta dele, as críticas”, afirmou o treinador.

Por outro lado, Sérgio Conceição confessou não ter esquecido ainda a desilusão pela eliminação na fase de grupos da Liga dos Campeões.

“Essa desilusão continua na mesma. Somos um clube habituado a estar na melhor prova do mundo. Temos uma nova competição na Europa e temos de dignificar o FC Porto”, finalizou.