Jakobsen foi o mais forte a sprintar no Algarve

O neerlandês já era o favorito para esta etapa (todos procuravam a roda do sprinter), mas mais favorito ficou quando Remco Evenepoel colocou o peito ao vento para trabalhar na dianteira do “comboio” da Quick-Step, deixando todos no limite.

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Fabio Jakobsen em acção pela Quick-Step EPA/Manuel Bruque

Fabio Jakobsen (Quick-Step) é o primeiro líder da Volta ao Algarve. O ciclista neerlandês venceu nesta quarta-feira a primeira etapa da prova portuguesa e chegou, naturalmente, ao topo da classificação.

A etapa que começou em Portimão foi ganha ao sprint em Lagos, como se esperava, com o corredor dos Países Baixos a superar e Bryan Coquard (Cofidis) e Alexander Kristoff (Wanty), numa luta entre três dos principais velocistas do pelotão internacional – e lutas entre a nata do ciclismo deverão ser “prato do dia” em todas as etapas, tal é a força do contingente estrangeiro presente na prova.

Jakobsen já era o favorito para esta etapa (todos procuravam a roda do sprinter), mas mais favorito ficou quando Remco Evenepoel colocou o peito ao vento para trabalhar na dianteira do “comboio” da Quick-Step. O jovem belga, que poderia resguardar-se como líder da equipa, endureceu muito a frente da corrida, com os predicados que tem no contra-relógio, e o ritmo deixou todos no limite. Quando Jakobsen lançou o sprint, os rivais, que já tinham gastado energia para “recolarem” ao comboio da equipa belga, não tiveram pernas para bater o vencedor do dia.

Esta foi a 28.ª vitória de um ciclista que em 2020 esteve às portas da morte e com o rosto desfigurado depois de uma queda na Volta a Polónia.

O melhor português nesta quarta-feira foi Rui Oliveira (Emirates), com o quinto lugar no sprint final. Durante a etapa, outros portugueses estiveram em destaque, com Fábio Oliveira, Hugo Nunes e João Matias envolvidos na fuga do dia, neutralizada a 35 quilómetros da meta. Matias, medalhado português na vertente de pista, é mesmo o primeiro dono da camisola da montanha.

Desta etapa nota ainda para uma queda que deitou muitos ciclistas ao chão, com uma prevalência particular de equipas portuguesas. Depois da queda, um pelotão já muito internacional ficou ainda mais estrangeiro, tal foi o efeito do incidente em equipas como W52-FC Porto, Mortágua e Tavira.

Para esta quinta-feira está agendado o primeiro duelo entre os principais favoritos ao triunfo final nesta corrida. Os ciclistas vão sair de Albufeira e subir, no fim do dia, até à Fóia, ponto mais alto do Algarve – será uma subida de quase oito quilómetros, com 6,1% de inclinação.

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