Comissão apresenta queixa por “crime público de violência doméstica” de Bruno de Carvalho no Big Brother

Bruno de Carvalho tem sido amplamente criticado nas redes sociais por comportamento abusivo para com namorada.

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Bruno de Carvalho é um dos concorrentes do Big Brother LUSA/RODRIGO ANTUNES

A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) anunciou, neste domingo, que apresentou uma denúncia ao Ministério Público pelo “comportamento ameaçador” de Bruno de Carvalho para com uma outra concorrente do programa Big Brother.

Segundo a CIG, entidade que está integrada na Presidência do Conselho de Ministros, o comportamento do concorrente Bruno de Carvalho é “susceptível de configurar a prática de crime público de violência doméstica, na forma psicológica e física”.

Em comunicado, a comissão adiantou que teve conhecimento de vídeos divulgados nas redes sociais que são retirados do programa televisivo Big Brother, em exibição pela TVI, “onde se pode assistir ao comportamento ameaçador do concorrente Bruno de Carvalho para com a sua namorada, a concorrente Liliana, chegando, inclusive, a agarrar o seu pescoço de forma indelicada e evidentemente desconfortável”.

“No cumprimento das suas competências, a CIG notificou a TVI no sentido de que esta estação televisiva tome de imediato as necessárias diligências no sentido de pôr termo a esta situação, susceptível de configurar a prática de crime público de violência doméstica, na forma psicológica e física”, adiantou ainda a comissão, que “apresentou já uma denúncia junto do Ministério Público sobre os factos acima relatados”.

A CIG, que sucedeu à anterior Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres, é o organismo nacional responsável pela execução das políticas públicas nas áreas da cidadania e da promoção e defesa da igualdade de género, sob tutela da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade.

A queixa mereceu já a atenção da deputada de Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda. “A queixa da Comissão para a Cidadania e igualdade de Género deveria ser o ponto final que a TVI teima em não pôr à transmissão em directo de abusos contra uma mulher. Violência doméstica não é entretenimento. Estamos a assistir ao machismo misturado com o pior do capitalismo”, escreve a deputada no Twitter.

O PÚBLICO contactou fonte da Media Capita que não prestou esclarecimentos sobre o assunto.

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