Covid-19. Inglaterra vai acabar com obrigatoriedade de isolamento para pessoas infectadas

A medida termina no dia 24 de Março, mas o primeiro-ministro britânico quer antecipá-la para dia 21 de Fevereiro. As restrições de viagem e quarentena obrigatória continuam, assim como os testes gratuitos.

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O primeiro-ministro britânico quer acabar com o isolamento obrigatório dia 21 de Fevereiro PAULO PIMENTA

O chefe do Governo britânico anunciou, nesta quarta-feira, que as últimas medidas restritivas de combate à pandemia vão terminar mais cedo do que o inicialmente previsto, tendo em conta que o país está cada vez mais próximo da “fase endémica” do vírus.

Depois de, no mês passado, ter abolido a obrigatoriedade de utilização de máscara na via pública ou a apresentação de passe sanitário para entrar em eventos e estabelecimentos, Boris Johnson prepara-se para terminar com o auto-isolamento já no próximo dia 21 de Fevereiro – contrariando assim a data anteriormente estipulada, 24 de Março.

“Desde que as actuais tendências encorajadoras dos dados continuem, é minha expectativa que possamos acabar com as últimas restrições internas, incluindo a exigência legal de auto-isolamento se o teste for positivo, um mês inteiro antes”, revelou o primeiro-ministro.

A decisão terá de ser aprovada pelo Governo, e se assim for continua a ser recomendável que os casos positivos permaneçam em casa. “Obviamente da mesma forma que não recomendaríamos que alguém com gripe fosse trabalhar, nunca recomendaríamos que alguém fosse trabalhar quando tem uma doença infecciosa”, anunciou um porta-voz parlamentar, citado pelo jornal The Guardian.

As restrições de viagem, preenchimento de formulários de localização de passageiros e quarentena obrigatória para não vacinados continuam em vigor. Os testes à covid-19 continuam gratuitos. Boris Johnson quer ainda revogar o poder que as autarquias têm de encerrar os locais onde se registem surtos.

Neste momento, os cidadãos britânicos com baixos rendimentos, e que com teste positivo à covid-19, recebem uma quantia mensal de 500 libras (593 euros), mas ainda não se sabe se a ajuda financeira vai continuar. Os sindicatos têm vindo a insistir no aumento do valor do subsídio de doença, alegando que os trabalhadores isolados “devem ser capazes de fazer face às despesas – e não empurrados para dificuldades financeiras”, cita o The Guardian.

No caso das empresas, Frances O'Grady, secretária geral do sindicato, alerta para a necessidade de os empregadores realizarem avaliações de risco. “O anúncio de hoje não é sinal verde para os patrões cortarem os cantos.”

As regras na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte são da responsabilidade dos governos de cada país.

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