Ex-Presidente da Costa Rica avança para a segunda volta das eleições

Figueres, que ocupou a presidência do país da América Central entre 1994 e 1998, era o favorito numa eleição muito disputada. Promete criar emprego, a grande preocupação dos costa-riquenhos.

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Figueres festejou os resultados com os seus apoiantes Reuters/MAYELA LOPEZ

O ex-Presidente da Costa Rica José María Figueres Olsen, candidato do Partido da Libertação Nacional (PLN), prometeu “resgatar e transformar” o país, depois de passar à segunda volta das eleições, marcada para 3 de Abril.

Figueres, que ocupou a presidência entre 1994 e 1998 e procura agora um segundo mandato, considerou que o “resultado foi extraordinário” e diz estar “a um passo de começar o salvamento e transformação da Costa Rica”. Com 25 candidatos, as sondagens antecipavam menos de 20% dos votos para Figueres, mas com 63,9% das mesas de voto contadas somava 27,4% dos votos,

"Ganhámos esta primeira ronda por uma margem robusta e isso também nos dá uma enorme responsabilidade, e é por isso que amanhã vamos continuar o trabalho incansável (...). O tempo em que vivemos é extraordinário em muitos aspectos, é um tempo de desafios urgentes como a tragédia do desemprego e da pobreza, os mais altos em décadas”, salientou Figueres, de 67 anos, de centro-esquerda.

Tendo gerido relativamente bem a crise sanitária, a Costa Rica sofreu as consequências económicas da pandemia de covid-19, com o desemprego a passar de 10% em 2018 para os 14% actuais (com um pico de 24% a meio de 2020) e a pobreza a atingir 23% da população.

Atrás de Figueres surge Rodrigo Chaves, antigo ministro da Economia do Partido do Progresso Social Democrata, com 16,7%, seguido do pregador evangélico conservador Fabricio Alvarado, com 15,2%, anunciou o Supremo Tribunal Eleitoral.

Figueres disse que lutará pelos direitos de todas as pessoas, e apoiará os pequenos, médios e grandes empresários para gerar oportunidades, emprego e para que o país “ganhe novamente”.

"Queremos que a Costa Rica volte a ganhar no investimento directo estrangeiro, um Governo que apoie empresários e empreendedores (...) Faremos da Costa Rica um líder na transição energética global, um país ligado e bilingue, que nos abre às oportunidades e ao mundo”, prometeu.

As 6.767 mesas de voto em todo o país fecharam às 18:00 de domingo (24h de hoje em Lisboa), depois de 12 horas de jornada eleitoral.

Um recorde de 25 candidatos presidenciais participou nas eleições de domingo e 3,5 milhões de pessoas foram chamadas a votar para eleger o Presidente e os 57 deputados que compõem a Assembleia Legislativa para o mandato de 2022-2026.

A lei não permite a reeleição do actual Estado, Carlos Alvarado Quesada, que chegou ao cargo no país da América Central em 2018.

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