André Silva: “Estou disponível para colaborar com outra liderança que não passa por mim”

Nas legislativas de domingo passado, o PAN elegeu uma deputada, depois de em 2019 ter conseguido ocupar no Parlamento quatro cadeiras.

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Miguel Rato/RR

O ex-porta-voz do PAN (Pessoas, Animais e Natureza) precisou esta sexta-feira os termos de um seu artigo de opinião sobre o futuro do partido que ajudou a criar e que, nas legislativas de passado domingo, elegeu um único deputado, depois de em 2019 ter sentado no Parlamento quatro. André Silva admite colaborar com outra liderança, mas rejeita ser ele próprio o líder.

“Estou disposto a apoiar uma nova direcção do PAN com uma nova liderança, esta não vai a lado nenhum”, explicou. E concretizou que tal disponibilidade não o incluiria nessa futura direcção.

“Estou disponível para colaborar com outra liderança que não passa por mim”, insistiu. Sobre os moldes dessa colaboração, André Silva, nada tem definido, utilizando, mesmo, a expressão “em abstracto”.

Aliás, retomou a argumentação do último parágrafo do seu texto de opinião, publicado no PÚBLICO, concretamente, que depois de abandonar o cargo de porta-voz do PAN nunca lhe “passou pela cabeça regressar”. Disposição que afirma manter, embora afirme a sua disponibilidade de colaboração com o partido à margem da direcção, “caso os filiados decidam por outra liderança”.

O PAN é liderado por Inês de Sousa Real desde Junho de 2021. O PAN chegou ao Parlamento nas legislativas de 2015 quando elegeu André Silva. Nesse ano, os 75.140 votos, que corresponderam a 1,39% dos votos, deram direito ao PAN a uma cadeira na Assembleia. Quatro anos depois, o PAN subiu para quatro o número de deputados, graças aos 3,28% dos votos conseguidos com os 166.858 votos.

Nas legislativas de 30 de Janeiro, o PAN obteve 82.250 votos, o que correspondeu a 1,53% dos votos, o que deu direito à eleição de apenas uma deputada. Será Inês de Sousa Real, a actual porta-voz, a ocupar essa cadeira.

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