OMS considera que a Europa tem a “possibilidade de conseguir um longo período de tranquilidade”

De acordo com a OMS a Europa tem neste momento uma “oportunidade única” para controlar a pandemia. O seu fim pode estar à vista, mas para tal é preciso preservar a imunidade, manter a vacinação e os reforços e partilhar vacinas com os restantes países.

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Reuters/MICHELE TANTUSSI

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou esta quinta-feira que a Europa tem agora uma “oportunidade única” de controlar a pandemia de covid-19, salientando que uma parte importante da população está imunizada e que a variante Ómicron é menos grave.

Em conferência de imprensa virtual, o director europeu da OMS, Hans Kluge, afirmou que há “um grande capital de imunidade derivada das vacinas e naturalmente provocada pela Ómicron”, justificando que a “gravidade menor da variante Ómicron está agora firmemente estabelecida” e que se aproxima o fim do Inverno.

“Este contexto, que não tínhamos tido ainda nesta pandemia, dá-nos a possibilidade de conseguir um longo período de tranquilidade e um nível muito superior de defesa das populações contra qualquer novo aumento da transmissão, mesmo com uma variante mais virulenta [do coronavírus SARS-CoV-2]”, declarou.

O director reiterou a mensagem que avançou a semana passada, de que é “plausível o fim da pandemia” na Europa, encarando a fase actual como uma espécie de “cessar-fogo que poderá significar paz duradoura”.

Porém, para tal acontecer, é preciso “consolidar e preservar a imunidade mantendo a vacinação e os reforços”, garantir a protecção dos mais vulneráveis, promover a responsabilidade individual e aumentar a vigilância para detectar novas variantes.

Kluge acredita que “será possível responder a novas variantes que surgirão inevitavelmente sem voltar a recorrer às medidas destrutivas” anteriormente necessárias, mas para isso também é preciso “um aumento drástico na partilha transfronteiriça de vacinas”.

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