Em 2021, Spotify chegou aos 406 milhões de utilizadores mensais. Em 2022, as acções continuam a descer

O gigante do streaming de música viu crescer o número de utilizadores activos mensais (406 milhões) e os subscritores pagantes (180 milhões), no último trimestre de 2021, mas a confiança de investidores e accionistas está em baixa.

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Reuters/Dado Ruvic

A plataforma de streaming de música Spotify teve um prejuízo de 39 milhões de euros no quarto trimestre de 2021, ficou a saber-se esta quarta-feira, na apresentação do balanço fiscal do ano, o que significa uma redução de 69% em relação ao prejuízo de 125 milhões de euros registados há um ano. Recorde-se que estes números são anteriores à polémica do podcast de Joe Rogan, acusado de partilhar desinformação sobre a pandemia.

Em relação às receitas, existiu um aumento de 24% no comparativo anual, para 2,6 mil milhões de euros. A receita com a versão paga do serviço (premium) aumentou 22%, enquanto a receita com publicidade emitida entre a música progrediu 40%. O Spotify encerrou o último trimestre de 2021 com 406 milhões de utilizadores activos mensais. Já o número de subscritores da versão premium cresceu 16%, para os 180 milhões.

Quando comparada com os três últimos meses de 2020, a receita do Spotify registou uma subida de 27%. Porém, investidores e accionistas da empresa não ficaram satisfeitos com as projecções para o primeiro trimestre de 2022 (a empresa espera alcançar 418 milhões de utilizadores activos mensais da plataforma e 183 milhões de subscritores da categoria premium). Como resultado, as acções da companhia caíram 9%, logo após a comunicação do balanço fiscal.

Recorde-se que o recente êxodo de artistas e assinantes causado pela polémica à volta do podcast de Joe Rogan afectou negativamente os planos da empresa. O problema começou no momento em que o radialista publicou um episódio do seu podcast — que conta com cerca de 11 milhões de ouvintes semanais — com o especialista em doenças infecciosas Robert Malone, que propagou “várias falsidades sobre as vacinas covid-19”. Em consequência, uma série de músicos, de Neil Young a Joni Michell, deixaram de disponibilizar o seu catálogo de canções na plataforma.

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