Maggie Gyllenhaal e Elena Ferrante: as pessoas más

Adaptando Elena Ferrante, Maggie Gyllenhaal faz uma auspiciosa estreia na realização com um filme tenso, desconfortável, inteligente.

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A inteligência de Maggie Gyllenhaal e o desconforto de Olivia Colman: vale a pena ver A Filha Perdida
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As pessoas más também têm direito à vida. Mas o que define uma “pessoa má”? A certa altura, alguém diz a Leda (Olivia Colman) para não se meter com o clã ruidoso e mal-educado que ocupa a praia grega onde está em férias (de trabalho, mas férias ainda assim): “são pessoas más”. Noutra altura, Leda diz de si própria “sou uma pessoa má”. E se calhar é por isso que Olivia Colman é a actriz ideal para dar corpo a Leda: aquela reticência inglesa, muito bem-criada, a revelar personalidades, combinada com a hiper-sensibilidade em público, o horror do ridículo e da má figura. Tudo é mantido bem escondido, mas é traído/traduzido pelo trabalho de actriz nos pequenos detalhes — um gesto, um olhar prolongado mais do que é suposto, um movimento aqui e ali mais incerto, uma dúvida que não se ouve mas se vê.

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