Carluz Belo explica em making of como imaginou Passos no escuro contra a homofobia

O álbum, Menino da Praia, foi já publicado há dois anos e a canção Passos no escuro foi feita single e ganhou forma de videoclipe em finais de Novembro de 2021. Mas só em 2022 é que Carluz Belo resolveu explicar, num making of desse videoclipe que agora se estreia, a razão de ser de Passos no escuro, que apresenta como uma “Oração da Memória LGBTI, um Hino ao Amor e Contra a Homofobia.” Com o videoclipe, esclarece, pretende “prestar tributo às vítimas de crimes homofóbicos, cujas histórias de amor ficaram por viver.”

No texto que acompanha a difusão do single e videoclipe, afirma que quis realizar o vídeo que ele próprio “precisava de ter visto quando era adolescente.”: “Ainda hoje, é preciso coragem sempre que dois rapazes dão a mão ou se beijam nas ruas da sua vila ou cidade”, porque, diz, “a homofobia ainda está presente nos vários quadrantes da sociedade, nas escolas, em qualquer classe social e em diversas áreas profissionais. Por exemplo, o balneário desportivo sempre foi um espaço de homofobia. A reeducação é fundamental.”

Nascido em 7 de Agosto de 1983 em Vila do Fão, Braga, e a residir actualmente no Porto, Carlos Belo (que adoptou o nome artístico de Carluz Belo) licenciou-se em Design Gráfico pela Faculdade de Belas Artes do Porto e após uma passagem pelo Reino Unido (onde se apresentou como solista no coro Gospel Rhythms Society da Coventry University) estudou produção musical na ETIC, em Lisboa, e especialização de voz no JB Clube. Em 2008 foi convidado para a 44.ª edição do Festival RTP da Canção, onde se apresentou com o seu tema Cavaleiro da manhã, focado na Lusofonia, obtendo o 8.º lugar na classificação final. A partir de 2017 começou a publicar em single canções do seu álbum de estreia: O mundo que nos foge (composta a partir de um poema de Al Berto), Ao virar de cada esquina e Folhas secas. Menino da Praia, o álbum, foi publicado em 2020.