Nuno Melo diz que não abandona o CDS e admite ser candidato à liderança

Eurodeputado assume que vai lutar contra o fim do partido.

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Nuno Melo chegou a apresentar a sua candidatura à liderança, mas o congresso foi adiado para depois das legislativas Paulo Pimenta

Nuno Melo assegura que não vai abandonar o CDS “no momento mais difícil da sua história” e admite ser candidato à liderança do partido depois do resultado “trágico” de domingo. Pela primeira vez em 47 anos, o CDS não elegeu deputados à Assembleia da República.

“Farei um conjunto de contactos para confirmar se há condições institucionais e práticos para que o CDS possa começar um caminho novo, unificador, mobilizador e respeitador. Apurando-se esse quadro de normalidade, serei candidato à presidência do CDS no próximo congresso”, escreve o eurodeputado no Facebook.

O antigo dirigente das direcções de Paulo Portas e Assunção Cristas já se tinha assumido como candidato à liderança do partido em Outubro, mas o congresso previsto foi adiado por causa das legislativas. Agora, confirma a sua disponibilidade: “Nunca virei as costas ao meu partido e não abandono o CDS no momento mais difícil da sua história. Uma coisa quero garantir: no que de mim depender, o CDS não acaba aqui.”

O eurodeputado apela aos militantes para que “não baixem os braços” e não dá o partido como terminado. “O CDS está ferido, mas não de morte. O partido está implantado a nível nacional, governa sozinho seis autarquias, muitas mais em coligação, e está presente nos governos regionais dos Açores e da Madeira”, aponta, lembrando ainda que é “o único deputado com mandato e palco nacional e europeu do CDS”.

Referindo que chamou a atenção para os riscos do cancelamento do congresso, Nuno Melo considera que os resultados das legislativas confirmam “inteiramente” os seus alertas, embora não tencione concentrar-se “em ajustes de contas com o passado”.

Na noite eleitoral de domingo, o actual líder, Francisco Rodrigues dos Santos, não esclareceu se é novamente candidato à liderança do CDS.

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