Menezes sugere a Marcelo que faça curso de “vigilante de regime” para travar abusos de poder

Antigo líder social-democrata alerta para “uma tendência enorme das maiorias para o abuso de poder e para o nepotismo”.

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Luís Filipe Menezes juntou-se à arruada do PSD na mítica rua de Santa Catarina na campanha das legislativas de 30 de Janeiro Adriano Miranda

A maioria absoluta que os eleitores deram domingo ao Partido Socialista (41,68%) levou o antigo líder do PSD, Luís Filipe Menezes, a deixar uma sugestão ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Atendendo a que o Presidente da Republica foi despedido do cargo de árbitro do regime, neste momento, o país não precisa de um árbitro, mas sim um vigilante do regime porque as maiorias absolutas do PS têm uma tendência enorme para o abuso e para o nepotismo”, sublinhou o ex-presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia.

“O capital de árbitro de um Presidente da República cai a pique com uma maioria absoluta pelo que é preciso encontrar uma nova fórmula”, recomendou o social-democrata.

Depois de evocar Mário Soares, Luís Filipe Menezes quis lembrar a forma como o fundador do PS combateu no último mandato do antigo primeiro-ministro do PSD, Cavaco Silva. “Mário Soares foi o grande opositor” às maiorias de Cavaco Silva e combateu-as com as presidências abertas – a primeira decorreu entre 16 a 25 de Setembro de 1986, na cidade de Guimarães – e com o Congresso Portugal, que Futuro?”, organizado pela oposição para criticar o Governo do então primeiro-ministro social-democrata.

Foi neste contexto que Luís Filipe Menezes sugeriu que “o dr. Marcelo tem de fazer um curso de formação profissional de passagem de árbitro a garante da defesa do Estado de direito contra os abusos da maioria absoluta”. E concluiu: “O Presidente da República deve ser um intransigente opositor dos abusos dessas maiorias como Mário Soares foi e bem.”

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