Morreu o escritor e crítico literário Júlio Conrado

O autor de As pessoas de minha casa ou de Desaparecido no Salon du Livre tinha 85 anos e foi director executivo, na Fundação D. Luís I, onde coordenou a revista de cultura e pensamento Boca do Inferno.

Foto
Júlio Conrado dr/Fotografia do Correntes d'Escritas

O escritor e crítico literário Júlio Conrado, de 85 anos, morreu no sábado, no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, devido a acidente vascular, disse à agência Lusa o arqueólogo José d’ Encarnação.

O corpo de Júlio Conrado vai estar em câmara ardente a partir das 9h30 de segunda-feira, na capela mortuária da igreja de Santo António do Estoril, seguindo o funeral, pelas 17h30, para o Centro Funerário de Alcabideche, em Cascais.

Bancário de profissão, Júlio Conrado começou cedo a dedicar-se à escrita, sobretudo à crítica literária.

Integrou o corpo redactorial do jornal A Nossa Terra e, depois, o do Jornal da Costa do Sol, no qual dinamizou a página de crítica literária Texto e Diálogo, tendo vindo a ser director do jornal, por pouco tempo.

Nascido em 26 de Novembro de 1936, em Olhão, Júlio Conrado foi viver para Carcavelos aos três anos.

Integrou várias entidades de índole literária como a Associação Portuguesa de Escritores, o Pen Club Português, o Centro Português da Associação Internacional dos Críticos Literários e a Associação Portuguesa dos Críticos Literários.

Após a aposentação, foi convidado para colaborar, como director executivo, na Fundação D. Luís I, onde coordenou a revista de cultura e pensamento Boca do Inferno.

Das dezoito obras publicadas, constam As pessoas de minha casa, Era a Revolução, Barbershop, O corno de oiro, O deserto habitado, Turbulência na academia do amor, Gente do metro, Maldito entre as mulheres, De mãos no fogo e Desaparecido no Salon du Livre.

Reuniu as suas críticas em Olhar a escrita (1987) e De tempos a tempos (2008), com que comemorou 45 anos de vida literária.

Escritor e crítico literário, publicou o primeiro livro em 1963 e o primeiro ensaio literário na imprensa de âmbito nacional em 1965. Tem colaboração dispersa no Jornal de Notícias, Diário de Lisboa, O Século, A Capital e República.

Durante vários anos assegurou o balanço literário no jornal O Século. Exerceu crítica literária na Vida Mundial, no Diário Popular, no Jornal de Letras e na revista Colóquio Letras.

Sugerir correcção
Comentar