Viagens de portugueses ao estrangeiro sobem mas estão longe da pré-pandemia

Houve 454,8 mil viagens de residentes para o estrangeiro no terceiro trimestre de 2021, uma subida de 180,9% face ao mesmo período de 2020, mas menos 57,2% do que em 2019.

Foto
“Lazer, recreio ou férias” manteve-se como o principal motivo de deslocação Daniel rocha

No terceiro trimestre do ano passado, os residentes no território português realizaram 454,8 mil viagens para o estrangeiro, o que representa uma subida de 180,9% face ao mesmo período de 2020, mas, se a comparação for com 2019, pré-pandemia, os números mostram uma queda de 57,2%.

Ao todo, de acordo com os dados da procura turística dos residentes publicados esta quinta-feira pelo INE, os portugueses realizaram 7,7 milhões de viagens nos meses de Verão (Julho, Agosto e Setembro), o que correspondeu a um acréscimo de 21,3% face a 2020 e a uma diminuição de 11,1% face a 2019.

A maior fatia coube, assim, às viagens no interior do país, que chegaram aos 7,3 milhões (94,1% do total), ligeiramente abaixo dos números de 2020 (quando houve mais restrições às deslocações), ainda assim acima de igual período de 2019 (+6,4 pontos percentuais).

Conforme destaca o INE, tanto no caso das viagens ao estrangeiro como no interior do território nacional, os valores registados no terceiro trimestre de 2021 “corresponderam aos mais elevados desde o início da pandemia”.

O “lazer, recreio ou férias” manteve-se como o principal motivo de deslocação, com 5,4 milhões de viagens (69,8% do total), mas a “visita a familiares ou amigos” reforçou o seu peso (com 25% do total, mais 0,6 pontos percentuais),

Segundo o INE, “a internet foi utilizada no processo de organização de 25,3% das deslocações” (mais 0,6 pontos percentuais), sendo a opção em 65,4% das viagens para o estrangeiro e 22,8% das viagens em território nacional.

Os “hotéis e similares”, diz o instituto de estatísticas, foram responsáveis por “29,3% das dormidas resultantes das viagens turísticas” no período em análise, o que representa “um ganho na sua representatividade (+4,3 pontos percentuais), pelo segundo trimestre consecutivo”. O “alojamento particular gratuito” desceu o seu peso (-4,4 pontos percentuais), mas “manteve-se como a principal opção de alojamento”, com 56,6% das dormidas.

Sugerir correcção
Comentar