Telemóvel de bolso da Huawei chega sem 5G

O novo P50 Pocket é leve, dobra-se, tem três câmaras e ajuda a pôr protector solar, mas contrariamente a outros topos de gama não é compatível com o 5G. A escassez global de chips e as sanções norte-americanas continuam a limitar a marca chinesa.

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Huawei P50 Pocket Premium Edition Huawei
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O telemóvel de bolso da Huawei, que se dobra e desdobra facilmente com uma só mão e promete “ajudar” a pôr protector solar, chega ao mercado português no começo de Fevereiro numa edição especial da estilista neerlandesa Iris Van Herpen que oscila entre o cinza, prateado e dourado com detalhes a relevo na moldura metálica — custa 1699.99 euros. Tal como outros topos de gama que têm chegado ao mercado, o P50 Pocket Premium Edition é leve, é fino, tem três câmaras, ligação Wi-Fi 6 (permite mais aparelhos sem fios conectados) e uma bateria de carregamento rápido que promete durar dias. Fica a faltar o 5G: nem o P50 Pocket, nem o novo Huawei P50 Pro (cerca de 1250 euros) são compatíveis com as novas redes móveis.

Além de continuarem sem poder usar apps da Google, os mais recentes topos de gama da Huawei, que foram anunciados na China em Julho, chegam à Europa ainda sem 5G. Em causa, estão as sanções dos EUA e a escassez global de circuitos integrados (os chips) devido à pandemia da covid-19.

“A Huawei sempre quis liderar no mercado com a tecnologia 5G, mas estamos a enfrentar alguns entraves”, admitiu ao PÚBLICO Cláudia Figueiredo, uma das responsáveis pela comunicação da Huawei, num evento da marca esta quarta-feira. “Isso não nos pode limitar. Não queremos deixar de lançar novos produtos. Mesmo sem 5G temos muito a oferecer em termos de fotografia, design e bateria. O Pocket é um exemplo disso.”

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O P50 Pocket dobra-se e desdobra-se facilmente DR

O presidente executivo do “braço” da Huawei para os telemóveis, Richard Yu, tinha dito o mesmo em Julho. “Devido às quatro rondas de restrições dos EUA nos últimos dois anos, os telefones 5G estão fora do nosso alcance e temos de optar pelo 4G”, notou o líder do departamento móvel.

Desde 2019, que a Huawei faz parte de uma “lista negra” entidades às quais as empresas norte-americanas não podem fornecer serviços ou produtos. No ano passado, Washington aumentou as restrições: quaisquer fabricantes que usem tecnologia dos EUA têm de obter uma licença para vender semicondutores à Huawei.

"Não há 5G em Portugal”

Em Portugal, o 4G não deve limitar a escolha dos consumidores. “Neste momento, ainda não há 5G em Portugal. O facto de um telemóvel não oferecer 5G não é uma desvantagem tão grande para as pessoas”, argumentou Ana Lorena, responsável pelo marketing da Huawei em Portugal, que descreve o P50 Pocket como “um telemóvel para todos”.

À primeira vista o P50 Pocket, lembra o mais recente telemóvel Galaxy Flip 3, da concorrente Samsung. Além do formato, a versão da Huawei também tem dois ecrãs: há um principal (6,9 polegadas) e um pequeno ecrã circular no exterior que permite atender chamadas, ler mensagens, consultar o calendário e tirar fotografias sem abrir o telemóvel. Contrariamente ao Galaxy Flip 3, o ecrã externo do P50 Pocket serve de espelho quando se está a tirar uma selfie.

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O PÚBLICO pôde testar o telemóvel durante alguns minutos: é fácil dobrar e desdobrar o telemóvel (mesmo com uma só mão) e a dobradiça do telemóvel é menos visível (só se consegue ver a marca em determinados ângulos).

Um dos destaques apontados pela marca é a capacidade do aparelho ajudar a aplicar protector solar. O telemóvel, que vem com três câmaras (40, 32 e 13 megapíxeis), permite captar fotografias “ultra spectrum” (além do espectro visível ao olho humano). Isto serve para registar detalhes invisíveis a olho nu, como cores nas pétalas de uma flor ou partes da cara que não têm protector solar.

Especificações técnicas

O Huawei P50 Pocket (190 gramas) pode ser desbloqueado com reconhecimento facial ou impressão digital (o sensor está num botão na lateral do telemóvel), corre o sistema operativo EMUI 12 e tem uma bateria de 4000 mAh compatível com carregamento rápido de 40W (a marca diz que a espessura do telemóvel não permite mais). O processador é o Snapdragon 888. Aberto tem cerca de 17 cm; fechado tem 8,7 cm.

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O P50 Pro (195 gramas) tem cinco lentes (duas de 13 megapixels, e outras de 40, 50 e 60 megapixel), vem com sistema operativo EMUI 12 e processador Snapdragon 888. O telemóvel tem resistência IP68 (pode estar submerso a 1,5 metros durante cerca de 30 minutos) e uma bateria de 4360 mAh compatível com carregamento rápido de 50 W. O ecrã de True-Chroma OLED deve permitir reproduzir 1,07 mil milhões de cores, tornando a experiência o mais próximo possível da realidade humana. A Huawei continua a manter a parceria com a empresa óptica alemã Leica que começou em 2016 com o modelo P9.​

Esta quarta-feira, a marca também anunciou um novo relógio inteligente. O Huawei Watch GT Runner, vem com antenas que trocam informação com cinco satélites (GPS + Beidou + GLONASS + Galileo + QZSS) para melhor determinar a localização. Isto é importante para atletas que precisam de monitorizar a distância que correm com mais precisão. O relógio, que custa 319,99 euros, inclui uma espécie de “treinador de corrida” com inteligência artificial que cria planos personalizados em função dos objectivos, metas e capacidades do utilizador. Pesa menos de 40 gramas.

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O Huawei Watch GT Runner chega às lojas portuguesas a 27 de Janeiro. Os telemóveis P50 Pocket e P50 Pro chegam às lojas a 10 de Fevereiro, mas a campanha de pré-venda decorre de 27 de Janeiro a 9 de Fevereiro.

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