Sabia que o interior perdeu deputados no Parlamento ao longo do tempo?

A revisão constitucional de 1989 fixou o actual número de deputados da Assembleia da República.

Foto
Nuno Ferreira Santos

A actual composição da Assembleia da República, com 230 deputados, foi fixada depois da revisão constitucional de 1989, que estipulou este número como o mínimo e o de 235 como máximo.

É, por isso, o mapa de deputados por distrito das legislativas seguintes, as de 1991, que usamos para este breve olhar sobre a distribuição territorial dos eleitos e comparar com a lista de deputados que serão eleitos a 30 de Janeiro.

Nestes 30 anos, os distritos do interior perderam seis (um em cada círculo) dos então 31 deputados que elegiam, fruto da deslocação populacional para a região litoral. Bragança elegia em 1991 quatro deputados e agora fica-se por três; Castelo Branco perdeu um (para quatro), Guarda também (para três), Portalegre “encolheu” para dois, Vila Real passou para cinco e Viseu reduziu para oito.

Santarém, embora não sendo propriamente um distrito do interior, também perdeu um deputado (tem agora nove). No Alentejo, onde os dois maiores distritos vão da raia até ao mar, tanto os círculos de Évora como de Beja reduziram a sua representação de quatro para três deputados cada.

O último ano com alterações no mapa da distribuição foi 2015, nas primeiras eleições depois da troika, mostrando o contínuo abandono do interior: Guarda e Viseu perderam um deputado cada, que se transferiram para as listas de Lisboa e do Porto.

Na mesma altura, Açores e Madeira “trocaram” o seu número de representantes (eram cinco pelos Açores e seis pela Madeira e passou a ser ao contrário).

Sugerir correcção
Ler 1 comentários