Inquietação à beira do mar

É pelos corpos dos actores, pela sua tensão, pelos seus esgares, pelas suas aproximações e afastamentos, pela sua violência e carinho que Ilhas revela a sua visão poética.

cultura,teatro-nacional-d-maria-ii,critica,teatro,culturaipsilon,acores,
Fotogaleria
É através do corpo dos actores, muito ocasionalmente pelas suas falas, que a encenação de Miguel Seabra concretiza a inquietação da poesia na dramaturgia de Natália Luiza Ricardo Reis
cultura,teatro-nacional-d-maria-ii,critica,teatro,culturaipsilon,acores,
Fotogaleria
Em placo: Ana Santos, David Medeiros, Emanuel Arada, Joana de Verona, Miguel Damião e Rosinda Costa Ricardo Reis
cultura,teatro-nacional-d-maria-ii,critica,teatro,culturaipsilon,acores,
Fotogaleria
No princípio é o corpo. Como aliás é característico das peças que compõem o projecto Províncias, inaugurado pelo Teatro Meridional em 2004 Ricardo Reis
cultura,teatro-nacional-d-maria-ii,critica,teatro,culturaipsilon,acores,
Fotogaleria
Ricardo Reis

O nevoeiro espalha-se como um lençol cobrindo o palco. Depois vem o som persistente do mar. Agreste, mesmo quando marulha calmo. O que pode ser um disfarce da natureza, pois de repente – e o repente faz parte do normal – forma-se uma tempestade, bate vento de arrepiar, chuva de enregelar, enfim, o adquirido mostra-se imprevisível. Está dado o tom do espectáculo. Daí em diante é um rodopio poético com os Açores por fundo – e ainda há um touro que dança.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar