Eleições Legislativas 2022
O espectro da democracia portuguesa
As eleições para a Assembleia Constituinte, em 25 de Abril de 1975, foram as primeiras realizadas de forma livre e com sufrágio universal. Desde então, organizaram-se mais 15 eleições legislativas, que viram surgir novos partidos e coligações e que ditaram o fim de muitas outras organizações políticas. Eis a “manta de retalhos” de que é feita a democracia em Portugal
Da esquerda à direita, as cores dos partidos nas legislativas, por concelho, retratam bem a representação política em Portugal. Podemos verificar factos curiosos clicando nos concelhos, alguns não mudaram de cor desde o início da democracia e outros atravessaram o espectro na sua totalidade. Confira o seu.
Clique no mapa
para ver mais
Clique no mapa
para ver mais
Partidos/coligações: AD — Aliança Democrática (PPD/PSD, CDS e PPM — Partido Popular Monárquico); APU — Aliança Povo Unido (PCP — Partido Comunista Português, Movimento Democrático Português/Comissão Democrática Eleitoral); CDS-PP — Centro Democrático Social Partido Popular; CDU — Coligação Democrática Unitária (PCP e PEV Partido Ecologista "Os Verdes"); FRS — Frente Republicana e Socialista (PS Partido Socialista, União de Esquerda Socialista Democrática e Acção Social-Democrata Independente); PRD (Partido Renovador Democrático); PPD/PSD (Partido Social-Democrata); PàF Aliança PPD/PSD e CDS-PP
Primeiros-ministros
Clique para ver os primeiros-ministros
Entre 1975 e 2015, a abstenção em eleições para a Assembleia da República octuplicou. A 25 de Abril de 1975 registou-se o nível mais elevado de participação, quando votar era um direito recém-conquistado após 48 anos de ditadura. Nas eleições para a Constituinte, a assembleia que ia redigir e aprovar a Constituição, os abstencionistas foram pouco mais de 526 mil.
Como se dividiram os eleitores nas legislativas desde 1975
Percentagens calculadas a partir do total de pessoas recenseadas
Desde então, a curva da abstenção foi sempre ascendente. Nas legislativas de 1976 ultrapassou-se o milhão de abstencionistas, em 1985 chegámos aos dois milhões, e dez anos depois, na ida às urnas de 1995, atingiram-se os três milhões.
Abstenção e participação
Há mais pessoas recenseadas mas menos pessoas a ir votar
Já neste século, em 2011, foi superada a marca de 4 milhões de eleitores que não votaram. Nas legislativas de 2015, foram 4.273.748 – mais de 4,2 milhões – os abstencionistas.
Evolução da participação eleitoral em Portugal
Distritos do interior perderam nove deputados entre 1991 e 2019
Comparação do número de deputados por círculo eleitoral
1991