Osaka apresenta-se com nova atitude e a mesma qualidade

A tenista nipónica vai tentar ganhar pela terceira vez o Open da Austrália.

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Naomi Osaka EPA/DAVE HUNT

Depois de um ano em que se rebelou contra os compromissos mediáticos, para não ter que responder a perguntas incómodas e proteger a sua saúde mental, Naomi Osaka regressou a Melbourne para defender o título no Open da Austrália com objectivos claros: divertir-se e não voltar a chorar numa conferência de imprensa.

A japonesa de 24 anos já conquistou quatro títulos do Grand Slam, dois dos quais na Austrália (2019 e 2021), angariou mais de 20 milhões de dólares em prémios monetários e é a atleta mais bem paga do mundo; segundo a Forbes, a tenista recebeu mais de 57 milhões de dólares em 2021 em patrocínios, contratos publicitários e negócios – lançou recentemente uma linha de cosméticos, Kinlo. Razões para Osaka afirmar não ter nada a provar.

“Antes de ganhar o meu primeiro Grand Slam, diziam que eu tinha potencial, mas não ia conseguir capitalizá-lo; depois do meu primeiro ‘Slam’, diziam que eu tive sorte; depois do segundo ‘Slam’, diziam que eu podia ser uma grande campeã, mas que tinha dúvidas; depois dos terceiro e quartos ‘Slams'? Diziam que só ia ser boa em ‘hardcourts’. Moral da história: as pessoas vão sempre dizer alguma coisa e eu, agora, já não lhes dou importância”, disse a japonesa.

Essa atitude ajudou-a a dominar as primeiras adversárias no Open. Na segunda ronda, Osaka (14.ª no ranking) assinou 35 winners, incluindo oito ases, para ultrapassar Madison Brengle (54.ª), por 6-0, 6-4. O seu destino mais esperado e imediato é o confronto na quarta ronda com Ashleigh Barty.

A número do mundo voltou a passear no court e venceu a “qualifier” italiana Lucia Bronzetti (142.ª), com um duplo 6-1. Em duas rondas, Barty esteve menos de duas horas em campo e só cedeu três jogos. Mas tanto Osaka como Barty têm um teste prévio: a japonesa defronta Amanda Anisimova (60.ª), que venceu um torneio em Melbourne nas vésperas do Open, e a australiana tem pela frente a agressiva Camila Giorgi (33.ª).

Barbora Krejcikova (4.ª), Paula Badosa (6.ª), Maria Sakkari (8.ª) e Victoria Azarenka (25.ª) seguiram igualmente em frente. Azarenka, ex-número um mundial e membro do Conselho de Jogadoras da WTA, fez questão de frisar que a tenista chinesa Peng Shuai não está esquecida. “Vamos continuar a fazer todos os esforços para certificar-nos que ela está segura. E esperamos ter notícias dela pessoalmente”, afirmou a bielorrussa.

No torneio masculino, destaque para as vitórias da “armada” espanhola, representada por Rafael Nadal, Pablo Carreño Busta e Carlos Alcaraz. Com 18 anos e 31.º no ranking, Alcaraz é o mais novo tenista a chegar à terceira ronda desde 2011 (Bernard Tomic) e vai ter agora pela frente Matteo Berrettini (7.º).

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