Com aumento de casos, reforço da vacina só ficará completo “daqui a cinco ou seis meses”

Processo de vacinação com dose de reforço contra a covid-19 em Portugal só deverá ficar concluído daqui a cinco ou seis meses devido ao elevado número de casos de infecção no país.

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Coronel Penha Gonçalves André Kosters/LUSA

O elevado número de casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal obrigou a task force responsável pela vacinação a alterar o plano inicial para administração das doses de reforço, o qual só deverá ficar concluído daqui a cinco ou seis meses, segundo revelou em entrevista à rádio Renascença o coordenador da task force, coronel Penha Gonçalves.

“O plano que temos neste momento está a ser modificado, porque está a haver um grande número de infecções e isso atira a vacinação de reforço das pessoas que estão infectadas para daqui a cinco meses”, explicou.

O coronel Penha Gonçalves acrescentou que, “na verdade, vamos ter duas vagas de reforço”, sendo que a primeira (a actual) deverá terminar “a meio de Março” — altura em que estarão vacinadas “todas as pessoas elegíveis, que são aquelas que já fizeram vacinação primária há tempo suficiente para fazerem a vacinação de reforço e também aquelas pessoas que não foram infectadas e por isso podem ser vacinadas”.

O coordenador da task force recusou ainda que haja maior lentidão no processo actual de vacinação do que no plano inicial para a administração das duas primeiras doses da vacina contra a covid-19 e mostrou-se satisfeito com a adesão dos portugueses.

“O facto de termos um pico de infecção muito grande faz com que os reforços tenham de ser adiados”, sublinhou, acrescentando que o problema não está na falta de adesão das pessoas.

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