João Botelho ilumina o Castelo de São Jorge

EGEAC encomendou instalação de luz e som ao realizador.

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A instalação Sonho de Inverno de João Botelho no Castelo de São Jorge, em Lisboa, aqui no Castelejo Rui Gaudêncio
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A Capela de São Miguel do castelo Rui Gaudêncio
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O realizador João Botelho com as palavras de Damião de de Góis traduzidas para inglês Rui Gaudêncio
Leve
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O momento dedicado a Fernando Pessoa Rui Gaudêncio
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Rui Gaudêncio
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Rui Gaudêncio
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Rui Gaudêncio

Depois da “boutade” de que “no cinema tudo é falso”, o realizador João Botelho fez-nos ver que era noite de Lua cheia. Por trás da oliveira iluminada em tons de salmão, a Lua mais parecia um adereço da instalação de luz e som que durante um mês vai iluminar as noites do Castelo de São Jorge. “Foi bem posta!…”, brincava João Botelho, no início da apresentação aos jornalistas de Sonho de Inverno, que vai poder ser visitada de 18 de Janeiro a 18 de Fevereiro, entre as 19h e as 21h, num alargamento do horário de Inverno de um dos monumentos mais visitados de Lisboa.

Foram também convocadas algumas linhas dedicadas às nuvens por Fernando Pessoa (Livro do Desassossego), outro fingidor e um dos artistas de eleição deste cineasta de Lisboa, mas nas ruínas da Capela de São Miguel, um dos primeiros espaços do castelo que visitámos, reinava a música polifónica de Pedro de Cristo (Magnificat), um compositor do Renascimento português. Lado a lado com palavras de Damião de Góis sobre a fundação da cidade, segue-se a melancolia de Cesário Verde – já no castelejo, de época islâmica , antes de chegarmos à Noite Transfigurada, de Schoenberg, outra obra musical sobre uma noite de luar intenso, e terminarmos com o amor de Camões pela água.

A instalação de João Botelho é uma encomenda da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa (EGEAC), que quer “trabalhar com artistas” portugueses com o objectivo de voltar a chamar os lisboetas ao Castelo de São Jorge, explicou a presidente da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, aludindo a um público que não pode ser esquecido neste “ícone tão associado ao turismo”.

“O cinema são luzes e sombras e seres humanos aflitos no meio”, afirma João Botelho, noutra das suas “boutades” sobre a Sétima Arte. Aqui, com a ajuda de 50 projectores, entre luz, vídeo e a escuridão, “as árvores e os espaços é que fazem de actores”, num espectáculo que quer ser “uma viagem ao princípio da noite”. Para ver até à próxima Lua Cheia, que está agendada para meados de Fevereiro.

Notícia alterada às 23h41: identifica o texto de Fernando Pessoa

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