IPMA detectou oscilações na costa portuguesa após erupção submarina em Tonga

Não foi exactamente um tsunami no sentido clássico, mas a onda de choque atmosférica após a erupção de um vulcão submarino no Oceano Pacífico foi suficientemente forte para gerar oscilações no nível do mar que chegaram a ser detectadas em Portugal pelo IPMA.

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Reuters/KYODO

A violenta erupção de um vulcão em Tonga, no Oceano Pacífico, provocou em Portugal alterações no nível do mar que foram medidas nos Açores, na Madeira e na zona de Peniche, divulgou este domingo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

“O sinal de maior amplitude, cerca de 40 cm, foi registado em Ponta Delgada, Açores, tendo o fenómeno sido observado na ilha da Madeira (20 cm medidos no Funchal) e no Continente”, tendo os valores, aqui, sido genericamente “inferiores a 20 [centímetros], com excepção de Peniche, onde foram medidos 39 [centímetros]”, refere o IPMA numa nota publicada no seu site.

A nota explica que “a origem destes registos está relacionada com a onda de choque atmosférica resultante da explosão no vulcão, a qual se propagou pelo globo, gerando condições particulares sobre os oceanos que potenciam a geração de um tsunami, neste caso designado por meteo-tsunami de origem vulcânica”.

“Este tsunami, gerado no oceano Pacifico, propagou-se pelos vários oceanos, incluindo o Atlântico, tendo-se observado variações do nível do mar em praticamente todas as estações maregráficas em operação na costa portuguesa, variações essas com amplitudes inferiores a meio metro”, informa o IPMA, acrescentando que “está a acompanhar o desenvolvimento da situação”.

A erupção de Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, na sexta-feira, numa das ilhas desabitadas de Tonga, espoletou um tsunami que afectou o Pacífico, do Japão ao Peru (onde causou duas mortes) e aos Estados Unidos, tendo sido emitidos vários alertas, na região, durante o dia de sábado.

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