Franco-angolana Lúcia de Carvalho lança novo álbum e estreia videoclipe com Chico César

Nascida em Luanda, mas com um trajecto de vida que passa também por Portugal, França e Brasil, a cantora e compositora franco-angolana Lúcia de Carvalho acaba de lançar o seu terceiro álbum, Pwanga (Luz), gravado e misturado em Paris, nos estúdios Ferber, pelo produtor e compositor francês Jean Lamoot (Salif Keïta, Mano Negra, Noir Désir, Bashung, Souad Massi). Desperta, que Chico César compôs de parceria com ela, foi escolhida para estrear também num feérico videoclipe, cujo lançamento acompanhou o do próprio disco, três meses depois de Lúcia ter actuado na 21.ª Edição da feira de músicas do mundo Womex, no Porto.

Hoje com 41 anos, Lúcia de Carvalho Foesser (é como Lucia Foesser que ela assina as suas composições) nasceu em Luanda, veio para Portugal com a mãe e duas das suas irmãs quando tinha seis anos, ficando com elas num centro de acolhimento. Adoptada, aos 12 anos, por uma família francesa, foi então viver para Meistratzheim, na Alsácia, e é a partir de França que inicia a sua carreira na música, primeiro num grupo brasileiro, Som Brasil, depois a solo, em 2008, lançando em 2011 um primeiro EP, Ao Descobrir o Mundo. Só depois conheceu Edouard Heilbronn, jovem baixista francês que estivera no Brasil, com quem passou a partilhar a música e a vida. E foi já com ele, e vários outros músicos, que lançou em 2016 o álbum Kuzola (Amar, em Kimbundu), feito entre o Brasil, Angola e França e pretexto para o documentário Kuzola, Canto das Raízes, de Hugo Bachelet. Abraçando um “universo ecléctico que mistura semba angolano, samba brasileiro, funk, soul, pop, rock e música latina”, Lúcia grava em 2018 um segundo álbum, mais virado para as memórias de infância, Angola, Rhythmes to Dance and Lullabies, chegando agora Pwanga, onde tem como convidados Chico César, Anna Tréa e Sañaelle, respectivamente nas canções Desperta (a do videoclipe), Yalla e Somahaka.