Morreu o maestro César Batalha, fundador do Coro de Santo Amaro de Oeiras

“Um Maestro que conquistou corações de pequenos e graúdos por este Portugal fora”, relembra o Coro de Santo Amaro de Oeiras. Morreu aos 76 anos o autor de Eu vi um sapo e A Todos um Bom Natal.

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O maestro César Batalha, fundador do Coro de Santo Amaro de Oeiras, morreu na sexta-feira, aos 76 anos, num hospital de Lisboa, segundo fontes oficiais.

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recorda o artista “cujas criações entraram no imaginário nacional”. “Esse grupo vocal e essas canções representam a dupla consagração de um artista: ser conhecido pelo seu trabalho e ser menos conhecido do que o seu trabalho.”

O município de Oeiras publicou uma nota de “pesar pela morte” do autor do hino da cidade, que dá também nome ao auditório municipal.

Segundo a nota de pesar do Coro de Santo Amaro de Oeiras enviada à agência Lusa, César Batalha estava hospitalizado há dias no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, onde morreu na sexta-feira, pelas 22h.

“Há artistas cuja obra está indissociavelmente ligada ao seu nome. Mas há também casos em que as criações se desprendem do criador, porque entraram de tal forma no nosso imaginário que já não sabemos a sua origem. Isso aconteceu com César Batalha”, lê-se na mensagem de pesar publicada no site da Presidência da República.

O coro diz estar “em luto” e recorda as “centenas” de “amigos, conhecidos e alunos que, ao longo da vida (…) admiraram e estimaram” o maestro, de quem guardam “uma marca de bondade, dedicação e amor”. “Na memória de todos os coralistas que passaram por aqui, fica uma personalidade forte e uma direcção de cheia vida e garra”, escreveram, na página de Facebook.

César Batalha — autor de obras conhecidas do grande público e cantadas por várias gerações, como Eu vi um sapo ou A todos um bom Natal – fundou o Coro de Santo Amaro de Oeiras em 1960, com apenas 15 anos, tendo aí dirigido “mais de 1200 pessoas”, segundo a mesma nota.

Maestro, compositor, organista e professor, César Batalha recebeu vários prémios nacionais e internacionais ao longo da sua carreira, como o Melhor Coro do Ano (1980) e a Medalha de Mérito Artístico da Câmara Municipal de Oeiras (1981).

O velório começa às 11h30 de domingo, na Igreja Nova Oeiras, e a missa do funeral deverá realizar-se às 9h30, na segunda-feira, 17 de Janeiro.

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