Nas novas séries de televisão, a pandemia já acabou ou nem sequer existiu

Na última temporada, a ficção televisiva transbordou de histórias covid-19, mas a produção que agora se está a estrear e a escrever ignora a doença ou acelera para o pós-pandemia.

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Tal como muitas outras séries, Superstore viu-se impelida a reflectir as mudanças impostas pela pandemia Greg Gayne/NBC

Durante mais de um ano, a televisão encheu-se de séries sobre a pandemia ou com a pandemia. Agora, instala-se uma nova fase. Mais do que recuar em relação à febre de 2020-21, deu-se um salto em frente e as séries ou ignoram a covid-19 ou se passam já num tempo pós-pandemia. Até os médicos de Anatomia de Grey vivem num “mundo ficcional, pós-pandémico que representa” a “esperança” que os seus autores depositam no futuro, como estes antecipavam em Outubro, à entrada da 18.ª temporada. “É quase um wishful thinking”, diagnostica, em declarações ao PÚBLICO, o argumentista Tiago R. Santos, que em 2020 foi autor de uma série sobre a covid-19 e que em Fevereiro estreará o seu primeiro filme... passado durante uma pandemia. Mas foi uma fase que, também para ele, está arrumada. A covid “é pouco cinematográfica”, diz, e a ficção vai querer sobretudo ultrapassar isto”.

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