Piratas informáticos estão a usar novas variantes da covid-19 para realizar mais ataques de phishing

Hackers exploram interesse das pessoas. Em Janeiro de 2021, a Polícia Judiciária tinha pendentes cerca de 13.900 inquéritos relacionados com a cibercriminalidade. Já este ano, são 17.800 casos, o que representa um aumento de 27% em relação a 2021.

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Reuters/KACPER PEMPEL

Os piratas informáticos estão a aproveitar o facto de existirem novas variantes da covid-19 para roubarem credenciais ou dados pessoais sigilosos e os usarem em lucrativos ataques informáticos, segundo o Jornal de Notícias, que cita o mais recente relatório da Agência da União Europeia para a Cibersegurança (Enisa).

De acordo com este documento, desde o início da pandemia que a covid-19 é o isco favorito dos grupos criminosos para perpetrar ataques. E, dentro do tema covid-19, os piratas estão agora a explorar o interesse pelas novas variantes.

“Durante a pandemia, os cibercriminosos têm explorado o interesse, a preocupação, a curiosidade e o medo das pessoas, usando iscos de phishing relacionados com a covid-19 para obter ganhos financeiros”, explica o relatório. O documento sublinha o facto de, além das novas variantes, os criminosos também orientarem as suas acções para a exploração da curiosidade sobre rastreamento, teste e tratamento de doenças e ainda sobre vacinação.

Os ataques são cada vez mais personalizados e dirigidos a funcionários em teletrabalho e sobre quem os piratas fizeram um trabalho de engenharia social (pesquisa sobre os interesses específicos de cada pessoa). Muitos deles serão funcionários públicos.

O JN diz ainda que os dados da Polícia Judiciária (PJ) revelam que houve um aumento exponencial de casos de pirataria entre 2020 e 2021.

Em Janeiro de 2021, a Polícia Judiciária tinha pendentes cerca de 13.900 inquéritos relacionados com a cibercriminalidade. Já este ano são 17.800 casos, o que representa um aumento de 27% em relação a 2021.

Refere o mesmo jornal que as instituições do Estado, como hospitais ou autarquias, foram os alvos preferenciais dos hackers neste período.

Segundo dados da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ, em 2020, foram detidos 45 suspeitos de crimes informáticos, tendo esse número disparado para 79 em 2021.

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