Orlando Pantera reencarnado e outros lados bons de 2022

A nova criação de Clara Andermatt e João Lucas parte do legado brutalmente interrompido do compositor cabo-verdiano que iluminou anteriores espectáculos da dupla. É uma das luzes que brilham a meio do túnel da pandemia, que – é incontornável – voltará a afectar os palcos neste novo ano.

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Rui Gaudêncio

Como amostra do que nos trará este ano, os primeiros dias de 2022 não têm sido exactamente auspiciosos: covid-19 oblige, a estreia de Uma Dança das Florestas, o texto do nigeriano Wole Soyinka com que o Teatro Griot, em encenação de Zia Soares, deveria ter reaberto esta quarta-feira o São Luiz, sofreu um atraso de dois dias, ao passo que o Centro Cultural de Belém (CCB) acabou por cancelar as duas apresentações de Insónia, de Olga Roriz, marcadas para o Grande Auditório; no Porto, pelos mesmos motivos de força maior, o Teatro Nacional S. João (TNSJ) viu-se forçado a protelar por cinco dias a reposição de O Balcão, de Genet, importante produção recente da casa com mão do director artístico Nuno Cardoso. Outros sobressaltos, antevemos, se seguirão, enredando o espectador pandémico em novos e sempre instáveis protocolos de confirmação e reconfirmação de datas, horários e regras de acesso: que aventura!

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